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Mostrando postagens de 2017

ULTRA TRAIL CHAPADA DIAMANTINA- 50KM

   Zé. Combinamos que ele seria o primeiro citado, com os merecidos agradecimentos. Ele é o cara mais legal da galáxia, do sistema solar, da via láctea, do universo e, porque não dizer, do multiverso. Zé está comigo na maior parte do tempo, me dá umas ideias bacanas, me empurra quando estou devagar, me ajuda a seguir na caminhada da vida, que algumas vezes não é tão animada quanto parece, mas é a minha caminhada, a que preciso trilhar por merecimento e só eu posso seguir. Pra quem não conhece, eis O CARA: Zé, meu anjo da guarda! Obrigada, Zé! Uhuuu!    Agora que já cumpri com o combinado, vamos à prova...    Logo que a Ultra foi anunciada, decidi abrir mão da última etapa do Campeonato Baiano de Corrida de Aventura pra fazer os 50km de corrida em trilha. Sim, teve gente que fez as duas e fez muito bem e não vejo problema na decisão de cada um. Ano passado fiz a corrida de aventura de 60km num dia, a corrida em trilha de 21km no outro e ainda subi o cruzeirão em 13’18’’ no outro.

Desafio dos Sertões 2017: o dia em que o Sertão nos deixou ganhar.

POR VITOR HUGO MOREAU O Desafio dos Sertões é uma das provas mais aguardadas do Campeonato Baiano de Corrida de Aventura, principalmente por não ter ocorrido no ano passado, por eu ter feito a proposta de casamento para Luciana no briefing da corrida em 2014 e, ainda mais, por eu não ter conseguido completar as edições de 2013 e 2015. Mesmo tendo ficado em 3º lugar entre os quartetos em 2014, não tive minha revanche porque neste ano, o Desafio não foi exatamente no sertão da região de Juazeiro, como de praxe. Minha vingança contra o Sertão ainda estava travada na boca, esperando para ser engolida. Vínhamos, eu e Lu, fazendo um treinamento visando o Desafio dos Sertões. Pra isso, contamos com suporte da queridíssima e competentíssima Fernanda Piedade, treinadora cruel e divertida (sim, isso é possível!). Além disso, eu vinha há dois meses adaptando uma dieta cetogênica para suportar os 130 km da prova sem passar mal por falta de comida, o que vinha causando certo estresse na min

Trilha Salkantay- Dia 3- Chaullay a Águas Calientes- Muitos Km!

   Café robusto com mingau de aveia, ovos revueltos sem tempero, café com leite e pão! Maravilha pra começar um trekking de 35km. Com planos de superar as expectativas locais, certos de que não teríamos dificuldade com altitude nesse trecho, queríamos chegar em Águas Calientes ainda de dia. Na pior das hipóteses, chegar na Hidroelétrica de dia, já que o caminho dali em diante era pela linha do trem.    Às 5:50h já estávamos com o pé na estrada. Sempre sozinhos nessa parte da viagem, seguimos pelo estradão até uma ponte, onde uma trilha atravessava para o lado esquerdo do rio Urubamba. Trilha linda que contornava um paredão do vale, enquanto do outro lado do rio estava a estrada, até se encontrarem outra vez em La Playa, em outra ponte. Poucas subidas, mata verde escura, pontes de madeira nos ajudavam a transpor as cachoeiras que desciam das montanhas. Caminhávamos animadíssimos, curtindo a paisagem, os bichos e o barulho do rio. Encontramos plantações, um pequeno camping e uma v

Trilha Salkantay- Dia 2- Soraypampa a Chaullay- 20km

   Noite fria no chão duro! O saco de dormir não deu conta na categoria conforto, nem aqueceu o tanto que deveria. Os ossos do quadril não encontraram posição sem doer naquele chão de madeira. As meias não deram conta do frio em sua totalidade. Dormia apenas o tempo de doer muito o quadril para mudar de posição por causa da dor. Pensava o tempo inteiro no Humantay, na dor no quadril e no frio nos pés. Reflexão demais da conta!    No acampamento lotado,  perto das 5h da manhã, os guias começaram a acordar seus pupilos e a nós, por tabela. Decidimos esquecer o Humantay, tomar café em D. Andrea e seguir caminho rumo à Chaullay. Até então não tínhamos certeza de que o hostel reservado existia mas, no ruim de tudo, acamparíamos outra vez. Ninguém, por todo o caminho, sabia informar sobre o Salkantay Hostel. O amanhecer.    A subida do Salkantay é indócil! A passos de tartaruga, dividíamos espaço com mulas mancas, guias apressados e alguns trilheiros. A sensação de lentidão er