Depois de um reflexivo último lugar na quarta etapa do Campeonato Bahiano, saímos para pedalar numa linda manhã de sábado. Afinal, precisávamos treinar!
Chega Mauro com o carro cheio de tralhas para um “treino técnico”. Bolas coloridas murchas, bolas cheias, baldinhos de praia, pedaços de madeira, etc. O cara viaja! O que será que ele pensou em fazer?? Como seria esse treino técnico?
Nem precisa dizer que nos recusamos a participar daquela coisa doida e fomos pedalar na trilha, conforme combinado. Mesmo assim, a pessoa reflexiva, acabou nos levando pra uma trilha desconhecida, até dele mesmo. “Nada como ter amigos loucos!” No começo estava tudo lindo! Muito verde, mata fechada, subidas técnicas. Dali a pouco a gente começou a se embrenhar nos matos, a fazer silêncio pra não despertar as abelhas, a descer cada ladeirão retado!
Nem precisa dizer que nos recusamos a participar daquela coisa doida e fomos pedalar na trilha, conforme combinado. Mesmo assim, a pessoa reflexiva, acabou nos levando pra uma trilha desconhecida, até dele mesmo. “Nada como ter amigos loucos!” No começo estava tudo lindo! Muito verde, mata fechada, subidas técnicas. Dali a pouco a gente começou a se embrenhar nos matos, a fazer silêncio pra não despertar as abelhas, a descer cada ladeirão retado!
Enquanto Mauro parava pra desempenar a gancheira de Ítalo, eu e Gabi íamos tagarelando mais adiante. Acabamos perdendo a queda fantástica que Ítalo tomou. Soube que ficou dentro de um buraco embaixo da bicicleta e precisou de ajuda para sair de lá. Tudo isso faz parte do treino.
Quando saímos da trilha encontramos uma estrada de barro. O detalhe é que ninguém sabia pra qual lado ir. Uni duni tê... votação... intuição... pra esquerda! Chegando perto de uma estrada de asfalto, paramos pra perguntar a um Senhor de nome Santinho. “Vixe! Cês tão perto da estrada pra Camaçari. A Ceasa é logo ali!” Pronto! Sr. Santinho deu todas as dicas para voltarmos pra casa.
Dica para a vida: Se perca de vez em quando! Faz um bem danado!
Perguntamos ao Sr. Santinho se ele fazia sempre aquele caminho. Ele disse que só ia naquele dia, no outro e no outro... Um homem de 58 anos, pedalando uma barra forte sem marchas, subia as ladeiras empurrando a bicicleta numa velocidade quase igual a nossa, pedalando. E nos acompanhou até mudarmos de rumo.
Bastante reflexivo! Precisamos pedalar nesse dia, no outro e no outro. Isso é treinar! Igual ao Sr. Santinho.
De volta ao velho e conhecido estradão de Abrantes. Animadamente, pegamos velocidade numa descida, embalando muito mesmo. Entramos na curva com tudo. Mauro logo a minha frente e um caminhão apareceu, vindo ao nosso encontro com tudo. Quero acreditar que o motorista não fez de propósito! Mas ele jogou o carro em nossa direção. Mauro conseguiu reduzir, eu tinha que parar de qualquer jeito, mas ia bater.
Meu grande sonho de ciclista era, um dia, dar um cavalo de pau como os meninos da minha rua, lá em Catu, davam! Mas, nunca nem tentei por medo do quedão. A situação me forçou. Foi um 180° super radical! Fiquei com o pé direito clipado, freei, botei o outro pé no chão e irrrrrrrrrr... joguei a traseira e a poeira subiu! Ahhhhhhhh! Já parei no sentido de volta, dizendo “Vocês viram o que eu fiz?!”.
Foi um êxtase de felicidade! Primeiro que nos salvamos de um acidente grave, depois que consegui dar um cavalo de pau. Ou será que foi o meu anjo da guarda quem deu?? Eu acho que ele dá hora extra aos sábados e plantões noturnos em provas de Corrida de Aventura.
Comentários