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Bahia Adventure Festival 150km

 

Fotos @wtogumi

     A novela até sair de casa começou com uma semana cheia de trabalho pra entregar, um trabalho extra que surgiu do nada, uma quinta-feira sem água e sem energia em casa — que resultou numa dormida sem banho —, um carro pra arrumar todinho sozinha e um monte de gente me ligando pra eu resolver coisa.

     Vitor, envolvido na organização, seguiu antes. Meus parceiros de equipe ficaram de sair mais tarde, por conta de compromissos diversos. No final das contas, sem surtar, consegui sair de casa às 10 da manhã da sexta-feira, peguei Lane em Feira e fizemos uma viagem tão bacana que nem sentimos.

     Itatim foi o palco dessa grande final, com seus ilcebergs incríveis. Uma cidade que já conheço da escalada, mas que nunca me pareceu tão atraente como naquele fim de semana. Eu vi tudo de um jeito diferente, porque estava num lugar que gosto de ocupar, em meu lugar de fala.

     Arena da prova linda, ambiente acolhedor, cidade fervilhando Aventura e eu super motivada a viver aqueles momentos da maneira mais genuína possível.

     Os meninos só chegaram no meio do briefing, faltando pouco mais de duas horas pra largada. Assumi a postura de fazer o que estivesse ao meu alcance, sem estresse, resolvendo tudo que fosse necessário para que eles chegassem, colocassem as coisas nos sacos, as bicicletas no lugar e partíssemos.

     A equipe, a mesma que correu o Desafio dos Sertões: eu, Mauro, Lucas e Scavuzzi. Com as duas pessoas com as quais conheci o esporte e com Luqueta, nosso mascote, fruto da turma 12 da Escola de Aventura do Agreste, que nunca nos largou desde que entrou nessa vida.

LARGADA- Trekking de 27km + rapel de 180m + 3km trekking

     A despeito da correria, conseguimos largar no horário previsto, à meia noite de sexta pra sábado, sem pendências. Como ninguém segura o ritmo numa largada, corremos como se não houvesse amanhã, como se a prova fosse de 5km, mesmo sabendo do tal do preço a pagar lá na frente, principalmente se tiver faltado treino.

     O PC 1 foi no Abrigo Rocaia, lugarzinho que amo das nossas andanças de escalada. E quando falo assim, parece que escalo horrores, mas isso não é verdade. Eu só escalo. E talvez tenha aquela habilidade consciente, que acontece quando você acha que pode morrer e se agarra à pedra como uma lagartixa maluca, resultando em situações em que escalo um VI grau com cara de habilidade. Mas, alerto: Eu sou uma farsa!

     No Rocaia, luzes pra todo lado, seguimos pela trilha lateral ao Morro do Gino, encontramos o PC 2 logo adiante, em seguida o 3. Num azimutezinho básico, achamos a trilha pra direita, avançando até a estrada mais larga, uma virada à esquerda, outra trilha e o PC 4, onde estava aquela sinalização da presença de abelhas no mapa. Que bom que elas estavam dormindo, porque seguimos, encontrando o PC 5 rapidinho.

     O PC 6 estava bem no leito de um rio seco. Talvez tenha tido até cachoeira por ali algum dia, porque a vegetação, o solo e as pedras eram uma mistura de Chapada Diamantina com Juazeiro.

     Do 6 em diante, o “amanhã” chegou, cobrando o preço do ritmo da largada. Até o PC 7, subimos por uma trilha de pedras, com Lucas botando os bofes pra fora. De tal maneira que precisamos sentar na represa, comer, aliviar o ritmo, enquanto todos os atletas passavam.

     Pensei que, talvez, precisássemos desistir da prova, com a impressão de que nem chegaríamos até o rapel. Mas é esse o momento de providências como carregar mochila, jogar água no corpo, lembrar da hidratação e maneirar no ritmo. A autossuficiência anda de mãos dadas com a atenção com o coleguinha. Essa coisa do orgulho acaba com a gente, porque é bom acompanhar o ritmo da galera, mas é preciso trabalhar o "pedir ajuda" no momento certo. Afinal, todas as nossas atitudes individuais impactam na equipe inteira.

     Depois de uma boa parada, seguimos até o PC 8, numa vilazinha chamada Felipe Velho. De lá, descemos a ladeira da morte, já com o dia amanhecido e um calor dos infernos. No PC 9, decidimos fazer o caminho mais longo e menos íngreme pra poupar energia, o que nos pareceu uma ótima escolha. Quase tudo plano, exceto pelos matos na cara, o PC 10 apareceu rapidinho, em seguida o PC 11, onde pegamos os kits de rapel.

     Dali, fizemos um pequeno corte de caminho até a subida do Morro da Toca. 

     Que subida, meus amigos! A cada passada eu tinha mais certeza de que desceria pela corda. E Lucas, destinado a não fazer o rapel por conta da sua condição física, acabou repensando sua decisão. Teve um momento em que minhas pernas curtas não deram conta da altura da pedra. Precisou Mauro sentar no alto com os pés disponíveis pra me apoiar. Foi assim que conseguimos subir mais e mais, até chegar ao topo.

     Lucas desceu primeiro, enquanto eu indagava o operador do rapel pra saber do meu roteiro até pisar no chão. Que rapel incrível!! Curti demais a descida, apesar da minha falta de técnica, mesmo com tantos rapéis gigantes que já fiz. Percebi que comecei quicando e só fui melhorando o jeitinho de descer à medida que fui tomando consciência dos meus movimentos. Janoca e João estavam lá embaixo me dando um apoio moral, além de fazer umas filmagens bem bacanas.

     Na transição, quase todas as bicicletas tinham ido embora. Mas, apesar do tardar da hora, o bom foi que o rapel fez bem a Lucas, que parecia renovado para seguirmos em frente!

MOUNTAIN BIKE- 40km

     Uma pedalada boa, por estradão, sem muitas ladeiras. PC 12 facinho pra aquecer. PC 13 tranquilex, na plaquinha. O 14 numa construção, já o 15 numa casa, onde bebemos água gelada e reabastecemos.

      A previsão do tempo prometeu tempestade e raios pro fim de semana, mas Itatim contrariou geral. Bem que desconfiei! Ali quase não chove, não se pode iludir com promessas. Tivemos sol encoberto, abafamento, mormaço, sensação de sauna nível 5 do "Créu". Nesse clima, encontramos todos os PCs, pedindo água de porta em porta, até a transição, onde 3 equipes já tinham finalizado o trekking. Só pra ter ideia, a Vaiselascar estava prestes a começar a canoagem, mas isso, de forma alguma, nos abalou.

TREKKING- 15km

     Começamos com muita sorte! Seguimos para o PC 19 pelo caminho trivial, entendendo que, depois do açude, entraríamos para uma trilha com alguns desdobramentos até o PC. O fato é que achamos uma trilha que não estava no mapa, sem saber que estava errada, e caímos no PC 19 no susto. Na verdade, ele se jogou em cima de nós!

     Na sequência, encontramos os PCs 20 e 21. Depois, cortamos um pouco de caminho pra chegar na subida pra os PC 22 e 23, esse último na antena. As fotos definem nosso nível de divertimento. Tudo começa com muitos sorrisos e conversas (vídeos comprovam), depois a coisa vai ficando séria e cansativa. Em nossa equipe, dois de nós tiveram bateria arriada, e os outros dois utilizaram Duracell até o final. Não vou citar nomes. 😁

     Da antena até o PC 24, a vida não foi fácil! Com o objetivo de chegarmos antes do anoitecer, começamos a descida liderados por Mauro, por uma trilha bem apagada, visível com muito boa vontade, observando o chão atentamente e a vegetação cortada de facão em alguns lugares. Em algum momento, apareceu um lajedo bem íngreme, que se tornou intransponível, de tantas bromélias.

     De tanto arrastar a bunda no lajedo, terminei de calça furada. No final das contas, tivemos que voltar um pouco, tomar uma direção mais pra direita, quando acabamos encontrando a trilha de cerca e o PC em seguida, bem no finalzinho da tarde.

     Seguimos para a transição.

CANOAGEM- 21km

Não somos nós, porque entramos no rio à noite.

     Antes de entrar pra canoagem, fizemos um mega piquenique, onde comi um atum delicioso, tomei um supercoffee. Lucas já estava bem melhor, Scavuzzi, na serenidade de sempre, e Mauro gemia, e dava uns bons gritos de câimbra e/ou de dor. Ô homem que geme e grita! Foi uma parada necessária para enfrentarmos o rio Paraguassu e suas corredeiras. Mas é bom vocês respirarem, porque tenho muita história pra contar!

     Começamos com mais gritos! Mauro não conseguia remar, não conseguia posição no barco, Lucas remava sozinho, enquanto eu e Scavuzzi só remávamos. Mauro queria remar com Scavuzzi, achando melhor ficar no leme, sob a alegação de que conseguiria melhor posição para as pernas. Scavuzzi, por sua vez, não entendia que aquela era a melhora alternativa. E no meio dessa confusão toda, o barco deles rasgou no fundo, logo nos primeiros quilômetros da nossa saga. Ou seja, se já estava ruim, piorou.

     À princípio, as queixas do barco vizinho nos levavam a crer que teríamos que pedir resgate. E só quem estava lá pode saber do fuzuê, até encontrarmos um lugar horrível pra parar, cheio de lama e mato, pra tentar fechar o rasgo do barco com silvertape. Sacamos isqueiro, silvertape, papel higiênico e uma meia seca que, por pouco não virou uma tocha para alimentar a ideia genial do Professor Pardal (Mauro), de aquecer o barco pra colar melhor a fita adesiva. Como não entendo muito dessas coisas, em algum momento, silenciei.

     Enfim, fizemos tudo o que pudemos, inclusive o tal do aquecimento da barco, trocamos de pares na canoagem e seguimos. Contudo, não durou 5 minutos para o rasgo do barco reaparecer, nos devolvendo a condição literal de estar numa “barca furada”. E, como nada pode ser tão ruim que não possa piorar, nosso barco também rasgou numa pedra super afiada.

     Um minuto de silêncio pra eu respirar pra continuar contando... 😅

     Só tínhamos encontrado o primeiro PC da canoagem, que ficava a pouco mais de 3km da saída. Faltavam uns 15 até o outro PC e mais um pouco pra fechar os 21km. Meu Deus!! Aquela canoagem nunca acabava! Nos arrastamos de um jeito, por tanto tempo, que perdemos a noção de tempo e de distância, chegando ao ponto de acharmos que o PC 26 tinha passado e não tínhamos visto.

     Mais uma vez, pensei que teríamos que aportar em algum lugar e desistir da prova. Meu discurso da desistência estava em elaboração. A água ia quase no meu joelho, éramos náufragos remadores. As pedras nos seguravam mais do que o previsto, o barco pesava, a vida não estava nada fácil.

     Alguns poucos pescadores informavam de alguma tubulação por ali. E sempre tinha uma logo à frente, fazendo com que seguíssemos mais um pouco até que, decidimos pela trigésima vez, descer na primeira possibilidade. Para nossa surpresa, alguém começou a piscar uma luz à nossa frente. Olha, o PC!!! Seguimos alegremente...

     Eram moradores (pareciam meio bêbados), perguntando o que fazíamos no rio, àquela hora. 😂 Ai gente, nem acreditei, mas eles também disseram que os canos que estávamos procurando estavam bem à nossa frente. E foi assim que encontramos o bendito PC 26: com zero esperança!

     Bom, se nos arrastamos até ali, imagina se alguém desistiria! O ânimo voltou! Portanto, seguimos nos arrastando mais um pouco, até que as esperanças começaram a se esvair novamente. Já tínhamos mais de 6 horas remando, pra nossa sorte, rio abaixo. Mas só faltava a transição, que nunca, jamais chegava! Aí eu dei uma pirada, achei que já estávamos fora do mapa, que sairíamos em alguma cidade bem longe de Itatim. Comecei a falar mais do que o normal.

     Mauro, que já queria descer do barco desde que entrou, pediu para pararmos. Não foi difícil nos convencer... Depois de um pouco de “vai, não vai”, descemos por um beco, ao lado de uma casa, que mais parecia um clube. Sem nenhuma sincronia, um esvaziou o barco, o outro decidiu carregar o barco cheio. Eram quase quatro horas da manhã, quando pulamos uma cerca com todos os equipamentos e saímos sem destino para o lado esquerdo de uma pista que tinha exatamente o azimute do lugar onde estaria a transição, entretanto, não havia movimento de nada, muito menos bicicleta à vista, que pudesse nos dar alguma pista de onde estávamos.

     Caminhamos à revelia por uns 800m, tentando encontrar alguma referência, sem sucesso. O azimute não foi capaz de me convencer de nada! Mauro subiu num lugar mais alto, olhou o mapa e chegou à conclusão que não tínhamos que seguir adiante. Enfim, uma mulher saiu de uma casa em plena madrugada, informando que as bicicletas estavam num lugar exatamente ao lado do beco de onde saímos. Ou seja, se tivéssemos remado um minutinho a mais, nada disso teria acontecido.

MOUNTAIN BIKE- 45km até a chegada

     Acho melhor você ir fazer um xixi e beber um copinho d’água pra continuar lendo, porque ainda tem é história até a chegada...

     Na transição, Mauro veio dizendo que, por ele, iríamos direto pra chegada. Scavuzzi tentou engrossar o coro, dizendo que o problema era o tempo até a chegada. Lucas entrou mudo e saiu calado. Da minha parte, não houve argumento que me convencesse de que 45km até a chegada, passando pelos PCs seria percorrido em mais de 8 horas por estradão. E finalizei a conversa, dizendo que, se não desse tempo, pularíamos os últimos PCs.

     Tenho meus métodos! E teve um certo drama nesse momento, umas respostas mal criadas, que não vale a pena comentar. A transição foi a mais lenta de todas, com tudo feito a passos de tartaruga, em câmera lenta. Os pés tinham que ser bem secos (aguardando o vento secar mesmo!), cada porção de comida  parecia ser mastigada por 33 vezes... Até o PC (Keu) decidiu ir dormir, enquanto terminávamos a novela. Um exercício total de paciência até que, enfim, partimos para o último trecho de bike.

     Com a responsabilidade de navegar, fiquei meio zonza até o PC 27. Tudo meio estranho, sem muita segurança. A mais ou menos 5 km  dali, estaria uma bifurcação para o PC 28. Numa reta, o sono chegou de um jeito, que cruzei a pista num cochilo, faltando pouco para um acidente. Acordei no susto, perdi as referências, nada batia com nada. Ou seja, daquele jeito não chegaríamos dentro do tempo de prova.

     Atordoada, o sono foi embora. Scavuzzi, com sua serenidade irretocável, me acompanhou na navegação pra sairmos daquele imbróglio e, dali em diante, recuperamos completamente a rota e a dignidade.

     Depois de achar todos os PCs, inclusive aquele da igreja da Ponta Aguda, que parecia estar perto do céu, mas, pra nossa sorte, não estava, cruzamos a linha de chegada às 10 da manhã do domingo. Uma corrida cheia de emoções e sentimentos desafiadores, sem cortes, com duração de 34 horas sem direito a uma soneca.

     Que prova, meus amigos! Impecável, linda por dentro e por fora! Parabéns à Arnaldo, Vitor e toda equipe! Prometeram tudo e entregaram o máximo! Entregaram uma grande final de campeonato!

     Agradeço demais aos meus parceiros, pela grande aventura que vivemos!

     Um viva para a minha treinadora Fernanda Piedade, que sabe exatamente do que preciso para entrar nessa ou naquela aventura!

     E nessa resenha, vou fazer uma homenagem especial à minha terapeuta, Verena. A Corrida de Aventura é terapêutica, mas eu precisei fazer terapia pra acrescentar mais recursos que pudessem me salvar de mim mesma. Qualquer um pode desistir de mim, menos eu. A terapia tem feito coisas, que não imaginei que fosse possível. Um viva todo especial à Verena!

     As belas fotos são do fotógrafo Wladimir Togumi, da Adventuremag, que está presente nas melhores provas do mundo.

     Vida longa à Corrida de Aventura e até a próxima!




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