Depois de três anos com o mesmo tênis de corrida, resolvi “tirar o escorpião do bolso” numa viagem para fora do Brasil e comprar outro. Outro bem parecido com o antigo, da mesma marca, com gel, bonito e preço bastante atrativo. Na verdade eu sempre achei que não precisava ter muitos tênis ao mesmo tempo, afinal não sou uma centopéia, e nem comprar dos mais caros. O primeiro citado custou R$160 e o segundo U$40. Ainda mais barato, mas de marca considerada confiável no mercado.
Guardei o outro par para uma emergência que, diga-se de passagem, estavam com os solados bem conservados, e comecei a usar os pares novos. Senti uma leveza na corrida. O amortecimento melhorou, alguns pontos onde sentia umas dores nas pernas pararam de incomodar e fiquei toda feliz com a minha aquisição!
Quatro meses depois, resolvi dar uma corridinha com o meu velho tênis, já que o outro estava molhado. Foram 6km de incômodos que vão encher essa página de lamentações. Foi então que percebi a troca foi justa e passava da hora.
Considerando o impacto da corrida nos joelhos e na coluna, os tênis com bons amortecedores são bem vindos. A maioria dos tênis de corrida apresenta boa absorção de impacto, segundo algumas pesquisas. Ser caro não é uma condição. Porém, deve-se ter cuidado com a sua flexibilidade e resistência à abrasão.
Muitos corredores tem dois ou três pares de tênis, os quais usam alternadamente. Um dos pontos levantados é se ao "descansar" o tênis ele tem mais tempo de recuperar a capacidade de amortecimento. Alguns especialistas afirmam que é preciso apenas seis horas para o calçado recuperar seu amortecimento, já outros dizem 48 horas. Fora esta polêmica, há outras boas razões para revezar dois ou mais pares de tênis.
Vivendo num clima tropical, nossos calçados tendem a ficar molhados depois de um treino em dia quente e úmido. Revezando os tênis, eles terão mais tempo para secar totalmente. Alternando tênis de características um pouco diferentes, você ainda alterna o estresse que seu corpo sofre em cada treino.
Não se pode esquecer que tênis para asfalto foram projetados para serem usados em asfalto, os de trilha para trilhas.
Uma causa comum de lesões é correr com tênis gastos que já deveriam ter sido aposentados. Alguns sinais, como desgaste da sola, são bem claros. Entretanto, mesmo um tênis parecendo novo pode já ter perdido grande parte da capacidade de amortecimento.
A durabilidade varia com a marca, mas em geral, recomenda-se trocar entre 560-880Km de uso. Corredores pesados e/ou com lesões podem ter que trocar o tênis mais cedo.
Depois dessa, meu tênis antigo ganhou direito a aposentadoria compulsória!
Dica de leitura: www.revistacontrarelogio.com.br
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