Um dia, numa longa conversa com uma sábia e querida senhora. Daquelas com a cabeça aberta e experiência de vida pra dar e vender. Gente boa, de bem com a vida, pessoa que chamaria de “podes crer”. Perguntei, indiscretamente, quantas vezes ela havia se casado. E suavemente, tive a resposta: “Eu não casei! Vivi! A vida é uma caminhada! Quando começava a caminhar em passos diferentes do meu companheiro, dava adeus e partia.”
Vindo daquele coração, a coisa parecia suave e simples. Não poderia ser assim!? Você começa a caminhar com seus pais, seus irmãos, com os amigos, o companheiro e por aí vai. No caminho, os interesses se divergem, os passos mudam, encontros e despedidas acontecem.
A caminhada dura a vida toda. E sempre chega a hora de seguir caminhos diferentes de quem está ao seu lado. A hora de seguir em frente. O irmão vai morar em outra cidade, a casa dos pais já fica pequena e as despedidas são muitas.
Poderia ser assim em todos os tipos de relacionamento! Suavidade na despedida! Saber a hora, a forma de dizer adeus e seguir em frente. A felicidade depende de como você se despede de tudo e de todos durante a caminhada! De como você encara a despedida, os encontros, os desencontros e os reencontros.
Comentários
É verdade. As despedidas não precisam ser tão doídas. Os fins não são por si só maus ou bons. O fim é o fim. Apenas mais um passo rumo a um novo começo.
Adorei seu texto, Lu! bjs