Todo mundo ansioso com a chegada da prova do CT Gantuá no
domingo, 14 de abril. Diana e Alan, atletas da Gantuá, são tão craques em fazer provas de alto nível que ninguém quer perder. Se eles fizerem
batizado de boneca, o povo vai! Com o pessoal do Mural de Aventuras, então, é que a coisa ficou melhor ainda.
Por causa do Desafio dos Sertões, há 15 dias atrás, e de nossas atividades com
trabalho e família, não sobrou tempo para treinar no próprio circuito. Na
verdade, fizemos duas tentativas. A primeira numa sexta-feira, quando só
pedalamos os primeiros 15 km porque a bicicleta de Vitor empenou a jante... Na
boa... Naquele dia pensei em não correr. Adoro fazer trilha, mas não tenho hábito com corridas de mountain bike.
Acho muito ofegante, sabe como é?! Fiquei imaginando aquele cenário
lindo, entupido de ciclistas se cotovelando. Na Corrida de Aventura a gente se
desgarra da galera, anda no ritmo que quer, se perde, se acha... A coisa pode
ser mais light se a gente precisar ou quiser que seja. No mountain bike é
coração na boca o tempo todo. Fico meio afobada. Falta de costume mesmo.
A outra tentativa de reconhecer aquelas trilhas foi na
terça-feira antes da prova. Mesmo com os treinos oficiais encerrados, fomos à
Praia do Forte bem cedinho, paramos o carro perto do CT Gantuá, nos arrumamos
na ponta dos pés pra não acordar ninguém e partimos para o pedal de 30km, já
demarcado. Dessa vez, sim, quase conseguimos. Quase! Não é que erramos o caminho no
finalzinho e perdemos uns 4km, voltando pelo asfalto!
Então vamos ao que interessa...
Dia de festa na Reserva da Sapiranga! Todos alinhados no
portal de largada... Vários casais de amigos competiam em nossa categoria. (Tá todo mundo namoraaando, rsrs! Nem conta pras amiguetes, heim Marcela??) Fooooonnnn...
E a galera saiu afoita, com os rapazes empurrando as moças no afã de ganhar
distância já nos primeiros 300 metros de prova. A gente não faz isso pra não
correr risco, rs! Tenho um medo de cair da zorra e ainda fico preocupada em
desgastar meu parceiro pelo resto da prova.
Seguimos pelo único trecho de asfalto da prova (uns 2km)
naquela adrenalina de começo. Dali em diante começava a brincadeira de pedalar
na trilha. Estava me sentindo a própria ciclista, naquele singletrack irado. Minha
bicicleta, Filomena, parecia mais leve e ágil. Ou será que eu estava mais
vitaminada e energética!!?? Numa velocidade acima dos treinos, dava pra perceber a cara de surpresa de Vitor ao olhar pra trás e me ver ali
colada. Dos obstáculos que havia memorizado no dia do reconhecimento do
percurso, nem lembrava. Foi me dando aquela coragem que conheci, fazendo
Corrida de Aventura. A de sempre mas, talvez, meio adormecida! Sou uma pessoa no treino e outra na
competição... Assim dizia meu amigo Aluino, quando competia com a gente.
Não perdoava areia, pedra, descida. Ops! Perdoei uma subida...
Sim, aquela era muito íngreme e, cá pra nós, poderia ter empurrado minha
bicicleta um pouco mais rápido, não fosse pelo leve congestionamento, rs! Quem faz Corrida de
Aventura tem também essa vantagem: Sabe empurrar bike que é uma beleza! Ah!
Teve mais umas ribanceiras que Deus me livre de descer pedalando!
Ainda bem que não teve tanta fila! A largada por
categoria aliviou o trânsito na trilha. Tudo bem organizado mesmo! Claro que tinha
uns atletas que largaram na categoria light e passavam tirando onda de
gatinhos, rs! Deveriam fazer o percurso Pró, tavam no lugar errado! Poderiam
até passar mas, sem soltar piadinhas sem graça, rs!
Pôxa, a Sapiranga é
linda demais! As trilhas mais fechadas são tão cobertas de vegetação que fica
mais escuro e úmido, com cheiro de terra molhada o tempo todo. Lembrei do
Running Daventura que teve lá. Tive a mesma sensação de força. A força da
natureza, a força do meu anjo da guarda, minha força de guerreira. Uma sensação
deliciosa!
Quando terminamos o singletrack do trecho light, tínhamos
deixado pra trás umas três duplas mistas. Subimos os três ladeirões no maior pique. Vi
uma dupla à nossa frente com uma atleta sendo empurrada e comecei a pedalar com
mais força. Passei por Vitor e falei: “Ali está o nosso gás.” Nem sabia quem
era mas, a brincadeira funcionou. Vitor veio atrás mas, percebi que estava um
pouco cansado. Bom é que, mesmo cansado, ele consegue pedalar melhor do que eu.
(Também, com aquela bicicleta leve retada, até
eu, rs!.. Será que ele vai ler esse
release?) Então, poderemos concluir que, se eu pedalar bem, ficaremos bem sem que precise me empurrar. Pelo menos o raciocínio é válido e
ninguém quebra ninguém, rs!
Dali em diante, veio mais força. O gel de carboidrato fez um
efeito danado! Pena que a água de Vitor voou pelos ares, aliás, pelas trilhas. Mesmo
assim, ele administrou certinho. Subimos, passando por algumas duplas
masculinas que largaram um pouco antes de nós. Descemos uma rampa onde estavam "indivíduos do público"(Rsrsrs!!) de plantão, assistindo aos tombos e fazendo barulho à nossa passagem. A
galera foi ao delírio quando Vitor pulou um obstáculo, ultrapassando um atleta
que freou à sua frente. Atravessando o portal, já iniciando a segunda parte dos
30km, Vitor percebeu que seu pneu furou e nossa prova acabou bem ali. Snif!
Que balde de água fria! Tentamos encher por 3 vezes. Na
terceira, nossos amigos da mesma categoria já passavam perguntando o que
aconteceu e seguindo, óbvio... Nossa prova acabou!
Mas, acho que a gente já conseguiu entender um pouco nosso ritmo de prova com essa experiência. Infelizmente, não dava tempo de fazer uma troca de pneu e seguir adiante. Talvez o tempo de prova já tivesse se esgotado, não sabemos ao certo. Talvez a gente ficasse com bom resultado, talvez não, caso não tivesse furado o pneu. Paciência... Prova é assim mesmo. Não dá pra cantar vitória antes do tempo, menos ainda quando acaba o tempo.
Mas, acho que a gente já conseguiu entender um pouco nosso ritmo de prova com essa experiência. Infelizmente, não dava tempo de fazer uma troca de pneu e seguir adiante. Talvez o tempo de prova já tivesse se esgotado, não sabemos ao certo. Talvez a gente ficasse com bom resultado, talvez não, caso não tivesse furado o pneu. Paciência... Prova é assim mesmo. Não dá pra cantar vitória antes do tempo, menos ainda quando acaba o tempo.
Sorte que o pneu furou pertinho do nosso carro, das frutas,
da água, do suco, rsrsrs! Sorte que isso é importante pra gente mas, não tira o
nosso sono! Sorte que pudemos cumprimentar os amigos, tirar umas fotos com Eudes e Maurício, nossos novos companheiros Aventureiros, e pegar uma praia para não
perdermos o dia. Sorte que a gente não se machucou! Muita sorte! Da próxima
vez, a gente enche o pneu direito pra não dar merda, confere tudo antes de sair! Tenta fazer melhor...
Ah!! E se for para escolher ter sorte no jogo ou no amor,
vou querer perder todas as provas, viu Zé?! Nada de brincar com isso!
Tchau pessoal! Até breve!
Comentários
Parabéns pela resenha e a participação pela prova.
Realmente esse dia será inesquecível para muitos!
Agradeço o elogio no texto!!!
Um grande abraço,
Elson
Mural de Aventuras