Acordados desde o dia 14, quando saímos de Salvador, no dia 16 ainda
estávamos viajando.
Intercalamos cochilos com caminhadas no
aeroporto até amanhecer. O último café
fechou no começo da madrugada, expulsando todos os “retirantes” das suas mesas.
Sem ter o que fazer, tiramos até fotos no @DedemItalia, que ficaram bem
bonitinhas. E ainda fomos ver como usar o guichê de compra dos ingressos do
trem.
A estação de trem do aeroporto fica do
outro lado da rua. Não tem a mínima dificuldade. Quando o dia amanheceu, pegamos o trem por 8 euros até a estação Ostiense, colada na estação de metrô Pirâmide, conforme orientações de
Gio, nossa anfitriã do Airbnb. Deu pra seguir à pé por 700 metros até o apartamento de Gio. Como o
check-in, seria apenas no início da tarde, deixamos as mochilas e saímos pra
conhecer Roma, mesmo depois de mais de 50 horas sem banho. Só pedi licença pra
trocar a blusa porque a coisa estava ficando feia.
Começamos a caminhar pela rua, seguindo
pela beira do Rio Tibre até o Bairro Trastevere. Dali em diante cenas dos meus livros de história se descortinaram à nossa frente. E eu que acho Paris um espetáculo de antiguidade, não sabia de nada desse mundão véio. Teatro, Piazza Venezia,
Pantheon, Fontana di Trevi, Colosseo... Quanta história numa simples caminhada!
Até visitamos o Campidoglio pra começar a rotina de visitas a tudo que o
Império Romano representou para o mundo.
Depois do almoço numa visita guiada em espanhol, fomos turistar
por dentro do Colosseo. Seria em
inglês, mas conseguimos fazer uma troca por sobra de fones de
ouvido da guia espanhola. Achei melhor porque inglês não cai bem em meus
ouvidos. Espanhol eu entendo. Sinto decepcionar vocês, não falo inglês. Não,
não entendo, nem arranho. Se a pessoa sair do Good Morning já complica...
Delícia de visita, viu?! Amamos a história!
Depois disso, tomamos um sorvete, jantamos e caímos exaustos no apartamento de
Gio. E que apartamento gracioso! Elegância pura, todo decorado e com tudo que a
gente precisava pra ficar lá para sempre! Eu bem que ia gostar!
A hospedagem em apartamento tem a vantagem de fazermos as refeições em casa, comprando os melhores ingredientes. Meu marido cozinha bem demais e eu arraso na lavagem
de pratos! Deixo tudo ariado!
No dia seguinte, depois do café da manhã, começamos a caminhada pela beira do rio mais uma vez. A cada passo, avistávamos uma basílica
enorme. No mapa, não víamos nada tão grande, nem tão próximo. Mas aquela imagem
nos atraía de uma forma que não conseguíamos parar de caminhar. No fim das
contas, demos de cara com o Vaticano, que seria nossa visita do outro dia. Tudo bem,
então! Mas tinha o Castelo S. Angelo, dando a maior sopa. Cheio de história,
tem até Mausoléu do Imperador Adriano e sua família, já foi morada de Papa, tem um
monte de obra de arte e uma vista linda da cidade toda, inclusive para o
Vaticano!
Pois é, ganhamos o dia com essa visita e
ainda fomos parar no Bairro Trastevere, onde tomamos o tal do Aperol Sprit pra
refrescar o calor. Falar em calor, o dia na Europa terminava quase 22h nesse
período. O calor estava só começando e a gente tomava sorvete ao menos uma vez
ao dia.
No terceiro dia em Roma, visitamos o
Vaticano, a Capela Sistina e todos os museus anexos. Com direito a almoço
por falta de opção na hora da compra dos ingressos, tínhamos esperança de que
todas as histórias lidas nos blogs de viagem, sobre a comida, fossem exagero das pessoas. Mas era tudo
verdade! A comida é horrível, parece bandeijão de restaurante universitário. A
pessoa joga toda aquela comida no seu prato, na quantidade que ela quer. Uma
pena porque a comida da Itália inteira é incrível! Não sei como eles conseguem
fazer uma massa tão ruim, e tudo mais tão ruim, por preço ruim. Até
constrangedor para um lugar como o Vaticano.
Tirando a comida horrível, a visita ao Vaticano
foi bem legal! Também fomos até a Basílica de São Pedro e fiquei
impressionada com a magnitude do lugar.
A propósito, não pode entrar na Basílica
com os ombros de fora, nem com roupas curtas. Fui com um vestido composto até os joelhos, sem imaginar que seria barrada por causa da parte de cima tipo camiseta. Barrados pelo segurança, ficamos sem saber o que fazer, aéreos com a situação. Qualquer solução seria fora dali. Parados no sol quente, vendo as pessoas entrando, percebemos que alguns homens usavam bermudas acima dos joelhos... Como Vitor
estava com aquelas calças de trekking que tira as pernas por um zíper, pedi que
tirasse as pernas pra fazermos umas mangas pra mim. Nem preciso dizer
que a cena foi hilária! As pessoas nos olhavam, riam, apontavam... E nós nos
sentimos incríveis com aquela ideia mirabolante. Foi demais! Fiquei linda!
Pronto minha gente, depois de muita
paletada, muito sorvete, cafezinho, jantarzinho e muita história, nossa
turistada por Roma chegava ao fim. De manhazinha, mochilas nas costas, seguimos
para a Estação de Trem Termini, onde do ladinho, tem o Mercado Central. Logo,
aproveitamos pra tomar nosso café e aguardar o horário de partida.
Destino: Florença.
Na próxima postagem, conto mais.
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