Um pouco de NÓS pra vocês! |
Corrida de Aventura Desafio dos Sertões
Local: Sobradinho
Data: 14 e 15 de setembro
Percurso: 120km
Categoria: Quarteto Misto
Atletas: Luciana, Freitas, Gabriella
Carvalho, Vitor Hugo Moreau e Paulo Neves
Esse ano, o perrengue pra fechar o
quarteto, treinar, correr, administrar questões pessoais e outras coisitas
mais, se estendeu até o apagar das luzes do Campeonato. Nosso clube tem atleta
pra caramba, mas nunca acho justo desmontar um grupo já formado pra fechar
outro que demorou a se resolver.
Sim, somos o Clube Esportivo Aventureiros do
Agreste, com Estatuto e Ata de fundação registrados em cartório, onde várias
atividades em contato com a natureza são estimuladas e praticadas, dentre elas,
Orientação, Corrida de Aventura, Corrida em
Trilha, Trekkings e ainda temos a nossa "menina dos olhos": a Escola de Aventura do Agreste,
importante ferramenta de fomento ao esporte Corrida de Aventura, por onde já
passaram cerca de 150 alunos, muitos deles praticantes do esporte até hoje. Por isso essa primeira foto com tanta gente, e tem mais ainda. 😃 A
energia demandada na realização dos projetos do Clube é enorme, mas os
benefícios são compensadores. Os detalhes dariam umas duas páginas de prosa, portanto, paro por aqui. O fato é que muitos dos que terminam a Escola, optam por
continuar na equipe, embora não seja obrigatório. Ao mesmo tempo que queremos mais atletas para nossa equipe, queremos novas equipes para o esporte. Então o aluno pode
usar até o artigo da Constituição Federal, onde tem escrito que a pessoa tem direito
de ir e vir. Maturidade, temos! 🤗😉
Como sempre, administrar a logística pra
uma prova a 600km de casa é punk! Ano passado, nossa equipe organizou o ônibus,
conseguindo gente suficiente pra viajar. Esse ano, a Federação Baiana de
Corrida de Aventura (FBCA) providenciou. Entretanto, a falta de adesão dos atletas, por razões diversas, transformou o ônibus em Van, que foi melhor do que
ir de carro próprio, apesar do desconforto. Afinal, voltar pra casa depois de
uma noite inteira sem dormir, pode ser uma escolha trágica pra equipe.
A van. |
Por volta de 14h da sexta-feira, partíamos
do Summer Bistrô, antiga Vitadiva Gourmet, de Salvador pra Sobradinho. O eixo
da carretinha com as bikes quebrou nas imediações de Amélia Rodrigues, começando ali a
nossa aventura. Por cerca de três horas, aguardamos a substituição,
transferindo as 18 bicicletas para seguir viagem. Dessa forma, só nos
acomodamos no quarto do hotel às 4 da manhã do dia 14, deitados já com a roupa
de ir, para não perdermos tempo na hora de levantar.
Sufoco à parte, muitos dos
nossos Aventureiros tomavam café da manhã no hotel, então aproveitamos para fazer a terapia do abraço. Com pouco tempo pra muita
conversa, adiantamos nossas vidas pra levar as bikes pra
largada e preparar pra partir.
Impressionada com a quantidade de gente
dentro daquele barco Vapor do Vinho! Rapazzz, parecia não ter um buraco mais pra
colocar bicicleta. Talvez tenhamos tido sorte de chegar um pouco depois,
porque o lugar foi até bom. Tinha um mundo de atletas tomando café da manhã,
jornalistas, fotógrafos, drones.
Feliz com a repercussão da prova por
todo país, com várias equipes de fora da Bahia, o que não é novidade no DS. Na
verdade, teve tanta gente (mais de 200 atletas) que nem pude cumprimentar todos os amigos. Parecendo festa em estádio, que a gente só sabe
que o amigo foi quando vê as fotos nas redes sociais.
Nossa! Já escrevi tanta coisa e nem comecei
a falar da prova!! Viuxi! 😅
A largada seria assim: a gente ia pular da
embarcação no meio do lago, nadar até a beira por 1km e pegar os caiaques pra remar até os PCs
1, A e B. Mudou para uma corrida até os caiaques e partiu Desafio dos Sertões. Algumas intercorrências jogaram a largada de 10h para mais de meio
dia. Tinha gente demais pra descer do barco com as bicicletas, gente demais pra
embarcar de volta pra cair no Lago, a embarcação encalhou, o vento não deixava
nada quieto, a ponte de passagem pra terra mudava de lugar.
Àquela altura, o café da manhã já tinha
descido todinho nas minhas tripas. Mas quem faz corrida de aventura sabe que pode nem encontrar
café da manhã. Já vem preparado pra guerra!
Como a organização forneceu dois caiaques
simples e um duplo para os quartetos, eu e Gabi remamos juntas.
Decidimos também, por sugestão de Gabi, pegar apenas o PC 1, que era
obrigatório. Os demais, A e B, deixamos para os atletas de ponta, pois
sabíamos que seria um trecho muito sofrido. Na verdade, os PCs facultativos não tinham pesos diferentes, então preferimos voltar da canoagem
de dia para que fosse possível encontrar os PCs em terra com mais tempo. 😎
Confesso que nunca sofri tanto num trecho
de canoagem! O barco pesava toneladas, arrastava água demais e tinha dois
buracos enormes que, quando a onda batia, entrava água. Foram vários grandes
goles, mas não o suficiente para afundar. Meus braços doíam demais!
Enquanto os dois moçoilos, Vitor e Paulo, remavam na maior curtição, todas as
equipes nos ultrapassavam. Gabi falava, “Lu, a gente está em último, todo mundo
já foi”, e eu não conseguia fazer nada. O Lago do Sobradinho é tão
inclemente quanto todo o Rio São Francisco, tem ondas altas e ventos fortes,
como se fosse mar. Até a cor da água parece mar! As distâncias parecem mar!
Vistos de longe, os atletas na pequena ilha de pedras pareciam leões marinhos. Um aglomerado tão grande de gente que ficou até engraçado. Chegando lá, convidei as
beldades a trocar a embarcação. Vitor e Paulo provaram do caiaque envenenado no
Lago revolto. 😏👿 Enquanto isso, passávamos por alguns atletas com embarcações afundadas. Por sorte não passamos pela
mesma coisa. Mas ouvi dizer que a organização resolveu os problemas com planos
B, recolhendo as pessoas do Lago e deixando que metade da equipe fosse até os
PCs.
Eu só digo uma coisa: o que sofri na ida,
sofri na volta. No começo pareceu fácil, depois os braços disseram não, mil
vezes não. Gabi já estava lá na frente quando os meninos me propuseram ir no
duplo para que Paulo pudesse remar comigo. Até hoje agradeço. Aquela beira de rio nunca foi tão
distante! Um barco pequeno lá na frente que não aumentava de tamanho nunca,
umas antenas eólicas que pareciam ficar sempre no mesmo lugar, o vento que
batia na pá reta do remo como um freio, as ondas que levantavam o barco
enquanto eu remava no ar. Aquilo não acabava nunca, mas acabou. Tudo acaba,
minha gente! Tudo!
Enquanto me reerguia das cinzas, conversava
com Patrícia Abreu sobre sua prova. Ela tinha aceitado fazer os 120km com os
meninos da Selváticos, porque a menina da equipe deles não pôde comparecer. Por conta da embarcação furada e de outras intercorrências,
eles não continuaram a prova. Pena que não deu certo mas, de qualquer maneira,
sigo admirando a energia daqueles meninos. São muito guerreiros, sem dúvida!
Pegamos as bicicletas, seguindo pela
estrada para alcançar os PCs 3 e 4, já anoitecendo. Aquelas estradas transbordando de areia e
pedras me causam grandes reflexões. O rio tão perto, a vegetação toda da mesma
cor, não tem nada verde, tudo é cor de barro, algumas folhas secas ficam
penduradas nas árvores. Todos os pequenos rios são completamente secos! Não tem
uma gota d’água em lugar nenhum. A poeira sobe da bicicleta como num
filme de faroeste.
Do PC 3, passamos pro outro lado da
estrada, pedalamos poucos metros de estrada boa só pra dar um gostinho de liberdade da
pedalada, em seguida caímos no suplício da caatinga de novo. Não demorou a passarmos pelo
PC 4 e chegarmos no 5.
Dali seguimos no trekking. Logo na saída, dava pra perceber o paredão de pedras que nos cercava. Em
outros tempos, aquilo deveria ser um rio lindo, com cachoeira e tudo. Quase no final do cânion, encontramos os dois
quartetos da Aventureiros do Agreste (50km), animados com a prova. Entre eles,
estavam 3 pessoas “pequenas” com coragem de grandes guerreiros, Rafa, Júlia e
Dudu, com 18, 14 e 15 anos, respectivamente. De todas as conversas doidas que
tivemos, lembro de Julia dizendo:
- Lu, venha navegar pra gente,
rodamos tanto!!
Eu ri e fui embora. Achei que eles estavam ótimos! Àquela altura, já me
descuidava da navegação. Só perguntava as distâncias, procurava trilhas... e
quantas trilhas. Não encontramos a trilha pro PC 6, que era nosso primeiro
objetivo. Seguimos para o C, orientados por Vitor, enquanto Paulinho checava.
Depois fomos ao PC D, também simples de encontrar. E dali em diante foi um
miserê! Tentamos, e muito, encontrar a trilha para o PC I. Por falta de sucesso
e consenso em decidir se vai ou se fica, perdemos ao menos uma hora naquela
ladainha. No fim das contas, voltamos pelo D,
fizemos as contas de distâncias, passamos pelas áreas antropizadas, que eu não
conseguia mais pronunciar a palavra, pra chegar até o PC 6.
Batemos cabeça um pouquinho mas achamos.
E depois do 6, encontramos o E. Pelo caminho, muita areia fofa,
pedras, galhos espinhosos, brilhos de olhos de bichos, sinos de cabras e vacas, misturavam-se com conversas e lanternas dos atletas. No caminho pro F, muita
gente passava, indo ou voltando, com dúvidas e certezas, ânimo e desânimo.
Encontramos junto com vários amigos. Tudo tomado de pedras soltas e
areia mas, depois do PC 7, percebemos que tinha como piorar. Não sei como
ninguém torceu o pé naquelas subidas de pedras. Tinha até gente chorando no caminho,
provavelmente de exaustão. Que prova foi aquela?
Conseguimos alcançar o PC G sem grandes
dificuldades e descemos pro H. Como perdemos a bifurcação à
direita, voltamos ao mesmo ponto na base. Àquela altura, o mapa já estava
comigo porque os meninos caiam pelas tabelas de tanto sono. Afinal, estávamos
na segunda noite sem dormir, por conta da viagem na Van. Não achamos a trilha
logo de cara, decidimos voltar ao ponto de partida para contar novamente a distância. Ali encontramos um monte de equipes relatando que tinham horas
procurando a passagem, desistindo da procura. Como sabia exatamente onde
estava, comentei que voltaria para a referência para recomeçar e todos
resolveram fazer o mesmo. Desistiram de desistir do PC. No fim das contas, encontramos o caminho todos juntos.
Mas o nosso ritmo não estava nada bom. O sono, o cansaço... Apenas uma dupla
ficou por perto. Um atleta de outra equipe gritava Gilson em voz
alta, loucamente. Na verdade, Gilson e todo o grupo, antes perdido, já tinha se mandado pra
bem longe. Mas, decidimos seguir juntos até certo ponto.
As caras de sono. |
Encontramos o PC H, com dia amanhecendo, depois de mais de
10 horas de trekking. O corpo obedecia pouco. Gabi, sonolenta, levava mil
lapeadas dos espinhos, até nos olhos. Paulinho, pelo caminho, deu uma cabriola
que pensei que tinha quebrado algum osso, sem contar com as trezentas topadas.
E Vitor andava como um Zumbi. Tanto que o cara (Acho que o nome dele era Leo,
de Alagoas) da equipe que estava conosco veio me dizer que um dos nossos
estava muito mal, que achava que não aguentaria. Só respondi que eles
aguentariam. Esse povo aguenta!
Então, dali em diante, era só descer até o
PC 8. Passamos por Plínio e Pana, tentando encontrar a subida para o PC I e
seguimos no azimute pra transição. Olha que coisa? Encontrei umas trilhas de bode e
fomos abduzidos, entrando por uma, por outra.... outra e outra. Falei do
cansaço dos meninos, não foi? 😫😖 Pois o meu se mostrou de um jeito bem mais cruel,
afetando toda a equipe! Quando percebi, não tinha a menor ideia de onde estava.
Demoramos mais de duas horas pra sair do labirinto. Vitor acordou pra prova,
resolveu raciocinar. Começamos a procurar alguma referência, encontramos uma
trilha bem marcada, seguimos em direção ao morro, com o mapa orientado e, finalmente,
encontramos o PC D. Afff! Que coisa! Até pra Zé (meu anjo da guarda) pedi ajuda. E eu só pensava nas palavras de Jujuba,
reverberando em minha mente. Já pensou se estivesse navegando pra ela? E também
lembrava da nossa torcida organizada pelos Aventureiros que ficaram no EAD-
parafraseando nossa atleta Mônica Farias-, quando vissem os zigue-zagues do
nosso Spot àquela altura da prova. Coitados!
Gente, o mal do navegador é a confiança em
excesso! Aliás, tudo demais são sobras, como dizia a minha avó. Duvide, conte
distância, preste atenção às referências. Não vacile não!
De todos os erros que cometemos, acho que esse custou a nossa prova, custou todo o que planejamos. Acredito que,
mesmo sabendo do nosso ritmo leve, conseguiríamos chegar no PC 11 antes do
corte. Enfim, paciência, resiliência, coragem, ânimo, maturidade. Tivemos que resignificar
nossa prova, descontruir planos e mudar o objetivo. O desafio ali era
administrar o estrago.
Apesar do esforço do trekking, depois que nos localizamos, confirmamos no PC 8
que não escaparíamos do corte. Daniel veio me dizer que as equipes boas estavam
fazendo em mais de uma hora e meia. Sacanagem dizer na cara da pessoa que a
gente não é equipe boa, mas tudo bem! Enfim, não dava mesmo! 😂😂😂
E ainda tive alucinações durante a madrugada. Vi pessoas me cumprimentando, rindo, gente encolhida nas pedras, vultos passando. E o dono da casa do AT 8, enquanto tomávamos um café preto, quentinho, feito por sua esposa, fez relatos dos antepassados que guardam a mata. Disse que o que eram os guardiões que tomavam diversas formas para cuidar do lugar. Saiu rapidamente e voltou com uma mochila cheia de apetrechos antigos, como pedaços de cerâmica, pedras, vasos, instrumentos de caça que, segundo ele, pertenceu aos índios que habitavam o lugar. Olha só que riqueza dele, guardar essa memória dos seus!!
Então, depois dessa conversa histórica, seguimos de bike por entre pedras e areia fofa, pra variar, para alcançar os PCs seguintes e a transição no 11. Perdi as contas de quantas vezes desci da bicicleta para empurrar. E também perdi as contas de quantas vezes enfrentei o areal revestida de coragem. As pedras rolavam pra todo lado, os espinhos tentavam nos nocautear a todo instante. O sol inclemente, avisava que estava na hora de almoçar. Aliás, desde 8h da manhã, parecia meio dia. Que calor dos infernos!
E ainda tive alucinações durante a madrugada. Vi pessoas me cumprimentando, rindo, gente encolhida nas pedras, vultos passando. E o dono da casa do AT 8, enquanto tomávamos um café preto, quentinho, feito por sua esposa, fez relatos dos antepassados que guardam a mata. Disse que o que eram os guardiões que tomavam diversas formas para cuidar do lugar. Saiu rapidamente e voltou com uma mochila cheia de apetrechos antigos, como pedaços de cerâmica, pedras, vasos, instrumentos de caça que, segundo ele, pertenceu aos índios que habitavam o lugar. Olha só que riqueza dele, guardar essa memória dos seus!!
Então, depois dessa conversa histórica, seguimos de bike por entre pedras e areia fofa, pra variar, para alcançar os PCs seguintes e a transição no 11. Perdi as contas de quantas vezes desci da bicicleta para empurrar. E também perdi as contas de quantas vezes enfrentei o areal revestida de coragem. As pedras rolavam pra todo lado, os espinhos tentavam nos nocautear a todo instante. O sol inclemente, avisava que estava na hora de almoçar. Aliás, desde 8h da manhã, parecia meio dia. Que calor dos infernos!
Pronto, minha gente, passamos pelos PCs 9,
10 e alcançamos o 11. Foi lá que comemoramos o quase final da prova com uma
última garrafa de água mineral hiper gelada, que Henrique, irmão do meu amigo Felipe Pikety, tinha deixado pra sua
filhota linda. Como éramos os últimos atletas, fomos presenteados com água, comemorando o fechamento do PC. Finalmente, poderia ir para casa com a família.
Segundo Henrique, o caminho não tinha mais
pedras nem areia, apenas costelas de vaca. Olha, eu vou te contar, viu!? Não
sei não... Costela de vaca é o Ó do Borogodó!
Apesar da pequena distância que teríamos
que percorrer, o sol escaldante ameaçava nosso final feliz. Tínhamos apenas
uma hora até a chegada, sem extravasarmos o tempo limite de prova. O plano de
pegar todos os PCs mudou. A nova meta era fugir da desclassificação
e administrar a exaustão.
Enquanto isso, o bafo quente que subia do
chão para nosso corpo, secava rapidamente as roupas molhadas pelo banho de
chuveirão no PC 11. Secavam na velocidade da luz. Quando Paulinho estava com
30% de suas forças, começamos a operação salvamento. Ele precisava só de uns
mimos, como um gel de carboidrato de chocolate, alguém que carregasse sua
mochila, uma breve pausa pra respirar e água na cabeça.
Por fim, completamos o Desafio dos Sertões
à nossa maneira, não como queríamos mas do jeito como foi possível, com
maturidade para administrar as frustrações dos erros cometidos e comemorar as vitórias
alcançadas. Nem lembro da última vez em que não estivemos entre as melhores
equipes da Bahia nos resultados finais dos tantos Campeonatos dos quais
participamos. É legal quando os atletas se preocupam com isso. Também gosto desse glamour, e gosto também quando se faz o melhor
proveito dele, mas esse ano não fizemos uma boa campanha no quarteto. Entretanto, nossa dupla masculina fechou o Campeonato entre os três melhores mais uma vez. Sem contar que comemoramos junto com os amigos as suas vitórias.
Finalizando, os agradecimentos e
congratulations.
- Aventureiros do Agreste que
foram, que coisa linda a nossa equipe! Que coisa linda que somos NÓS,
espalhados por aquela caatinga miserável e linda, juntos, separados e misturados em
pensamentos e vibração! Andréa, Jana, Adriano, João, Dudu, Rafa, Fred, Júlia,
Maurício, Déa Ulm, Ramon... Que energia massa!
- Meus Aventureiros do Quarteto,
Paulinho, Vitor e Gabi, muito obrigada pela companhia, paciência e
superação. Como é bom compartilhar essas aventuras com vocês!
- E os Aventureiros que ficaram,
gente? Sentimos de lá! É muito amor e muita gratidão!
- Companheiros de Van, não lembro
da última vez que passei mal de tanto rir. Foi uma viagem muito cansativa e
desconfortável, mas a companhia de vocês compensou qualquer
intercorrência. Valeu pela farra!
- Não posso esquecer de comemorar
o fortalecimento da nossa FBCA, que conseguiu cumprir suas pendências
financeiras, regularizar documentação e se reorganizar de forma a se
estabelecer como uma entidade confiável junto aos órgãos do governo, a ponto de
obtermos recursos pra financiar nossas provas. Temos muito a crescer e vamos
todos ajudar.
- Organizadores do Desafio dos
Sertões, vocês foram incríveis- elogio extensivo à toda equipe! Mapa e Racebook em lona impecáveis, percurso desafiador, planos A, B e C pras intercorrências, distribuição de modalidades massa. Boné,
camisa, caneca, adesivo... Prova de primeira! Nossa galera voltou pra casa em
êxtase de felicidade, elogiando tanto a prova quanto os organizadores. Eu
concordei dizendo:
“Sem dúvida, na minha
opinião, Waltinho é um dos melhores organizadores de provas do Brasil. Ele
pegou toda sua experiência como atleta, tornou-se organizador sendo atleta, ressignificou
os conflitos internos e externos, e o resultado é o que temos todo mês de
setembro: Um Grande Desafio dos Sertões! Walter Guerra cresceu como pessoa e
como organizador, isso é notório. Todos os problemas que já aconteceram nas
provas dele, tanto nessa como nas outras, resolveu com generosidade,
inteligência e empatia. Daniel não, sempre foi evoluído.” 😂😂😂😂
No mais, minha gente, eu amo vocês!
Comentários
O sertão não da (apenas) cede, como disse @Linger, ele traz a reflexão necessária de quem está sobrevivendo nele diariamente. Claro que estando em uma prova há objetivos definidos, mas a prova diária de cada 'irmão' nosso que la vive, as vezes têm como objetivo principal apenas um: SOBREVIVER.
Vocês também sobreviveram, e ca estão para contar suas histórias, como esta que de forma grandiosa e humilde nos narra agora.
Acho que minha torcida EAD sabia do perrengue por conhecer aquilo ali, mas em nada saberia descrever diante de uma Corrida de Aventuras.
@Janaina EAA me enviou um vídeo em que narrava, como uma convocação mesmo, uma lista de nomes, entre eles o meu, para vivenciar o que também estava passando. Fiquei feliz e dei muita risada...a bichinha estava expurgando o sofrimento e era, de certa forma, um jeito de se manter lúcida ao sol eloquente. Kkkkk
Enfim, estão todos de volta! Ebaaaaa. Pior seria ter ficado ilhado ou naufragado e não ter o que contar.
Nos vemos daqui uns dias... Na limpeza da praia... Na pedalada... Aqui em casa.
Parabéns a todos!!!!
Mônica Farias
Parabéns
Parabéns a todos!
Parabéns aventureiros.
Susana Bastos