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Resenha Malacara Expedition Race 500km- Parte 2

    Tá contigo, Vítor! Chegamos na transição para o segundo trekking no início da noite e encontramos Tio Arnaldo com a notícia de que o trekking estava tão miserável que a dupla Brou havia desistido. Na verdade, todos falavam que estava cascudo. Segundo um dos irmãos, a desistência teria sido mais  estratégica. Eles estavam organizando um evento em BH e teriam que terminar a prova até quinta-feira. Como o trekking estava mais miserável do que todo mundo pensou que estaria, desistiram pra poder voltar a tempo. Enfim, as notícias eram as piores mas, como não somos de esmorecer com notícias de PC, calçamos os tênis e, depois de um trecho de 4 km no plano, começamos a subida. Que subida! Foram mais de 40 curvas de nível, mais de 1.000 m de altimetria. O que chamava atenção eram as  equipes que vinham descendo. Supostamente as líderes da prova, mas que desciam completamente acabadas. As caras dos atletas eram de total desesperança da vida. Uma menina descia com as calças nos joelhos. Até agora, eu não entendi o que era aquilo. O pessoal “todo empenado” como certamente falou Daniel Montenero em seu relato que viralizou nas redes. Só o bagaço. Quando perguntados: “e aí, pessoal, como tá lá em cima”, a maioria se limitava a dar um grunhido que misturava dor, frustração e vontade de chegar logo. Fiquei imaginando como nós, simples mortais voltaríamos daquele trekking. 

    Ôh lugar miserável! Tudo é mil metros, mil metros, mil metros! A gente sai do nível do mar para o nível da montanha em um início de trekking. O PC 30 foi no meio da subida. No alto do chapadão ainda tinha uns 5 km de descampado antes do PC 31. Foi quando a máquina começou a ratear. Aquela sensação de embrulho no estômago, a água que não quer mais descer. Aí, contou a voz da experiência: comida de grão em grão e repositor eletrolítico de golinho em golinho. O diabo de um cavalo deu um rufo do meu lado, de surpresa. Com o escuro, não via nada, só ouvi um brrrrrufff! Que susto! Dei um grito: “Cavalo, mizéra!” kkkkk! Pelo menos a descarga de adrenalina aliviou o mal estar.
    Chegando ao PC 31, um galpão, tiramos a foto e decidimos entrar para ver se dava para descansar um pouco do frio, que a essa altura era intenso na montanha, e comer alguma coisa. João abriu a porta do galpão e nos deparamos com uma família de porcos. Uns três ou quatro adultos gigantes e um monte de leitõezinhos. Com o abrir da porta e o entrar do frio, a porcalhada danou a berrar como se estivéssemos batendo neles. Que gritaria! João subiu o mezanino e encontrou um palmo de poeira: “Não durmo aqui em cima não, é pneumonia certa”. Rodeamos o galpão e vimos pela janela lateral um grupo de atletas dormindo. Haviam entrado pela porta e se acolhido em uma parte separada dos porcos. “Pode entrar, eles são mansos”, disse um deles arrancando gargalhadas do grupo. Entramos, estendemos um cobertor de emergência no chão e deitamos ali mesmo, na pocilga.

    Nessa dormida aconteceram os episódios mais hilários da corrida. O pessoal dormindo era a galera dos Pamonhas, equipe mineira conhecida pela irreverência – vide o nome. A porcalhada, talvez por medo das luzes ou por frio, fazia, vez ou outra, uma gritaria. Alta mesmo, parecia que estavam sendo sangrados. Essa galera fazia tanta piada dos porcos: “Bem vindos a nossa humilde residência. Parece um chiqueiro, mas é acolhedora, o problema é a vizinhança. A família se desentende e dá grito uns nos outros”. Demorei uns dez minutos pra dormir de tanto rir. Quando enfim dormi, no escuro total e absoluto, fui acordado por um barulho de um corpo caindo, pluft!, e a voz de João: “desculpa aí, desculpa aí!”. João, talvez por pudor de deitar no chão do chiqueiro, sentou num beiral de madeira e decidiu dormir ali, se equilibrando sentado. Dormiu e caiu em cima de um casal que se encolhia de conchinha do lado, no chão da pocilga. Caiu em cima da mulher que deve ter acordado sem entender nada! João, sem graça, resolveu deitar no chão mesmo e dormir. Melhor dormir no chão da pocilga do que cair em cima dos outros na madrugada!

    Trinta minutos de sono marcados no relógio. Acordamos, acendi o fogareiro de um dos Pamonhas e fizemos outra sopinha de saquinho. Que maravilha! Espantou o frio – pelo menos pelos dez primeiros minutos, hehehe – e deu aquela alimentada básica para continuarmos o trekking. Pegamos a trilha atrás da casa e seguimos, contando passos até a porteira na bifurcação. Tudo batia. Azimute, pega a trilha por trás da outra casa e segue. Tudo certo. A essa altura, a trilha começou a ficar alagada, virou charco, virou lama, mas seguimos. Deu a distância, nada de PC 32, nada de referência. Bate e volta e percebemos que havíamos errado em algum lugar. Voltamos à cerca e contamos passos de novo, certos de que se não conseguíssemos, iríamos mudar a estratégia e pegar o PC 33 pelo outro lado e depois descer para o 32.

    Nesse momento, encontramos os Selváticos – ou o que restou deles - equipe baiana de amigos queridos. Só estavam Edgar e Daniel vindos do PC 32, fazendo o caminho ao contrário. Os outros componentes haviam desistido e os dois corriam só por prazer, já desclassificados. A essa altura, eu quero fazer um adendo sobre “corriam só por prazer”, kkkk. Que gente louca esse pessoal da Corrida de Aventura. Enfim, vamos lá!
    Edgar, exímio navegador, daqueles que fareja a trilha pela direção do galho partido no caminho, nos deu a dica para achar o PC 32 e percebemos onde erramos. Seguimos pela trilha correta e achamos a referência e o PC sem dificuldades. Isso nos deu estímulo para pegar o PC 33 por ali mesmo. O famigerado PC 33 era aquele que tinha feito quase todas as outras equipes – aquelas que encontramos na subida - se estropiarem. Descemos o vale em direção à trilha. Chegando lá em baixo não tinha trilha, era um emaranhado de lama até o joelho no meio da mata. Bate-cabeça, rasga-mato, atola-na-lama e nada de encontrar a saída. Buscávamos uma trilha na borda da vegetação com um descampado. Cadê? Decidimos subir de novo ao PC 32 para rever a referência. Descemos de novo e nada, lama, nada e lama, lama e mais nada. Já decididos a fazer um azimute direto do PC 32 ou de rodear pela estrada, resolvemos subir de volta. Foi quando encontramos os Pamonhas e mais algumas equipes, dava umas 16 pessoas ao todo, que tinham dormido na pocilga e já haviam acordado e chegado até nós. Maurício insistiu para seguirmos eles. Eu relutei. Lu concordou em ir, então fomos. Fui contrariado, não gosto de seguir outras equipes, mas deveria ter percebido que àquela altura, já estávamos com poucas condições de tomar decisões difíceis.

    Descemos até o lamaçal pela terceira vez. Deveria já fazer umas 4 horas que estávamos atolados naquela lama. Lá em baixo, os Pamonhas começaram a bater cabeça, discutir e divergir no que fazer e rasgar mato a esmo. Aquilo foi me dando uma agonia, uma agonia, que à primeira trilha conhecida que vi, falei com Lu: “vamos embora”. Virei para o grupo e falei: “Galera, valeu pela ajuda, mas a gente vai seguir nosso plano A. Vamos subir e tentar rasgar mato ou fazer a volta”, e saí. Minha equipe seguiu o seu capitão em silêncio e sem questionar. Chegando pela terceira vez ao PC 32, vimos que rasgar mato seria uma tarefa inviável e decidimos fazer o rodeio, pegando o PC 33 pela estrada. Voltamos. Agora era só andar e andar e andar. O contorno nos adicionaria uns 20 km ao trekking. Já na ida, comecei a perceber o erro da minha decisão.

    O dia amanheceu, analisamos o mapa e Luciana ratificou: “tenho certeza que os Pamonhas acharam o PC a essa altura. Eram muitos, iam vasculhar até achar a trilha.” Aquelas palavras me entraram como um punhal, mas percebi que ela tinha razão. Andamos muito. No caminho, encontramos os Pamonhas já voltando, haviam pego o PC33 e já vinham embora, umas 3 ou 4 horas na nossa frente a essa altura, porque ainda teríamos que andar uns 7 ou 8 km até o PC e voltar. Um desânimo monstruoso pesou sobre mim nesse momento. Senti que tinha posto a prova a perder. Meus pés e os de Lu estavam muito feridos, João, além dos pés, sentia muito o joelho. Chegamos ao PC 33, mas a beleza da cachoeira não conseguiu levantar meu ânimo. Fui o responsável por aquela decisão. Por minha decisão, estávamos há uns 15 km do AT, acabados de cansaço e com os pés destruídos. Certamente não conseguiríamos chegar a tempo de evitar o corte da segunda canoagem e a prova seria um suplício dali em diante. Voltando pela estrada, enquanto caminhava sozinho, distante do grupo, chorei. Chorei igual a uma criança. Um momento de catarse me lembrando do ano intenso de treinamento, do dinheiro gasto em equipamentos, comidas e passagens, das expectativas da minha equipe, das minhas expectativas. Tudo posto a perder por um segundo de decisão errada.

    Restou ressignificar nossos objetivos e aproveitar mais essa experiência de vida que a Corrida de Aventura oferece pra gente. Restou juntar os cacos do corpo e da mente que ali ainda restavam para conseguir descer a montanha, com os pés e o coração dilacerados. Restou reunir forças para ressignificar e continuar, porque desistir nunca foi uma opção. A descida ainda estava por vir e era dura, longa, interminável. Lembrei das equipes que havíamos encontrado quando subíamos. Estávamos iguais a eles. Todos empenados.
    Que galera é essa com a qual eu fiz essa prova. João tem a cabeça de um monstro. Nunca havia corrido uma prova nem de 100 km e estava ali, todo acabado no quarto dia de prova e falando que “da próxima vez, a gente tem que trazer mais roupas secas de reserva” e “ano que vem, a gente traz um fogareiro”. Uma maturidade mental admirável. Mauricio parecia que ainda nem tinha feito nada, acompanhava a gente na descida, dando apoio e pulando as pedras como se tivesse acabado de começar a prova. Lu, sempre dando uma palavra de apoio. Essa força e resiliência me ajudaram na ressignificação da minha decisão e no meu processo de autoperdão. Sei que temos nossos compromissos e objetivos distintos, mas se eu puder escolher correr com essa galera sempre, eu escolho.

    Depois da descida infinita, chegamos à parte plana. Alucinações de palhaço no meio da rua, de balões de circo, cachorro, etc. Tudo normal para uma Corrida Aventura. Mauricio se adiantou para pedir aquele PF com Coca-cola no bar da área de transição, que nos retornaria as forças para as novas tomadas de decisão que ainda estavam por vir. Afinal, ainda faltavam mais de 100 km de prova. .
    Agora eu sou a escritora… (Lulu) Rapaz, foi um perrengue da zorra mesmo! Mas ninguém ficou chateado com ninguém. E Vitor não estragou nossa prova! Só deixou mais emocionante e sofrida. Que galera é essa?! Corremos regados a muita risada, nos entrosamos muito bem, não tivemos brigas… em vários momentos não precisamos usar palavras pra dizer o que queríamos. Tivemos inúmeros momentos de silêncio e reflexão. Momentos de não perceber o tempo passar. O PF com Coca-Cola tava bonzão mas era tão grande que não consegui comer metade. Era feijão, macarrão com carne moída, um bife, arroz, batata frita. Uma coisa louca de comida misturada! A equipe do Staff estava indo embora, fechando o PC, mas deixou a gente no bar, mesmo fechado, pra seguir o caminho. Pela última vez, nos foi perguntado se seguiríamos na prova ou preferíamos pegar o corte.

    Todo mundo já sabe o que decidimos, não é? Trocamos de roupa e fomos dormir no papelão, tremendo de frio. Era sexta-feira, dia de pedalar mais um pouquinho. O sol saiu naquele dia e, pra variar, a música não saía da minha cabeça! “Céu azul é o telhado do mundo inteirooo...”. Enfim, dependendo do nosso desempenho nas quatro serras que teríamos que subir, chegaríamos pro trecho de trekking ou pra outro pedal direto pra o final. Sinceramente, não sei como seria fazer mais um trekking duro porque meus pés não estavam cabendo dentro da sapatilha da bike. Os pés de todos estavam destruídos! Minhas unhas dos dois dedões estavam soltas pela raiz e pretas de lama. João acrescentava o joelho podre, Vitor era apenas os pés e Maurício seguia parecendo que estava no começo da prova. Oxente, minha gente!!! Tem necessidade dessa humilhação… 😂😂😂!

    Saímos pra pedalar com o dia amanhecendo, já recompostos da melhor maneira que vocês puderem imaginar. Os PCs eram os 35, 36 e 37. Quatro serras pra chegar até eles e alcançar a AT6, nosso destino. Na primeira subida, chegando na serra, as casas de campo eram encantadoras. Entramos numa ruazinha errada à nossa esquerda e caímos num pequeno lugarejo, onde encontramos uma senhorinha. Vitor trocou poucas palavras com ela e decidimos sentar embaixo de uma árvore frondosa, num gramado lindo, pra fazer um lanche. Só faltou a toalha quadriculada pra virar piquenique. Ali ficamos por pouco tempo, comendo e resenhando. Na saída, resolvi pedir café pra senhorinha, que estava voltando do seu passeio matinal. Duas coisas aconteceram depois disso: a senhorinha disse que morava a 3 minutinhos dali e sumiu, e Vitor não deixou eu procurar a senhorinha. Quase rolou briga de casal na corrida porque não se nega café pra um ser humano cafezólatra, embora eu acredite que, quando a senhorinha viu o nosso estado lastimável, com lama até o último fio de cabelo, correu e trancou a porta pra nunca mais ser encontrada. Enfim, fiquei sem café da manhã. O que acontece na Malacara fica na Malacara. Tem coisas que a gente não conta quem fez. Por diversas vezes, protagonizamos filme de comédia. Uma dor de barriga fora de hora fez um dos integrantes da equipe ficar pendurado num bambuzal, de um jeito que a gente passava e via a criatura sentada no ar, segurando os troncos de bambu. Eu quase não consegui subir a ladeira pedalando de tanto dar risada. E riu toda vez que me lembro da cena.

    Minha gente, foi serra pra nunca mais acabar! Tinha hora que subia empurrando, outra hora que subia pedalando. No fim dessa conta doida, melhor subir pedalando do que empurrando. João só pedalava porque, segundo ele, melhor destruir os joelhos do que sentir a dor dos pés no chão. Realmente, não sei o que faríamos se pegássemos o trecho de trekking, embora estivéssemos dispostos a pagar pra ver.
    Em algum momento, saímos 1km do mapa, até chegar numa Vilazinha. Não estávamos no caminho certo mas imaginamos até a torre telefônica que procurávamos. Exceto pelo nosso caminho de rato do último trekking, erramos muito pouco na corrida. Todo erro era corrigido rapidamente. Voltamos logo pro caminho certo. Depois da antena, Catarina, o Bombeiro resgatista que fez parte da organização, apareceu de carro. Disse que estava vendo a gente andando devagar pelo Spot e resolveu conferir se estava tudo bem. Estava! Ele aproveitou pra fazer várias filmagens nossas, que ficaram bem legais. Enfim, depois de curtirmos todas as serras, curtirmos os melhores visuais de casinhas de campo e vaquinhas das Serras do Sul do país, chegamos ao PC6, onde já não tinha quase nada. As garotas do PC avisaram que nossas caixas de bikes já tinham sido levadas e que tinham um lanchinho nos esperando para depois seguirmos por 15km até a chegada. Não posso negar que o enroladinho de salsicha tava gostoso. E também não posso negar que não achei ruim ser cortada no trekking. Afff! Eu iria mass… o sofrimento seria garantido. Comemos o enroladinho e seguimos pra chegada.

    O percurso era todo plano mas deu 15km e a gente tava bem longe. A gente pedalava como se fosse começo de prova e Maurício me empurrava como se fosse começo de prova. Uma felicidade enorme invadiu meu coração. O vento batia no rosto enquanto um filme passava pela minha cabeça. Estava acabando! Quando chegamos na cidade era mais ou menos 18:30 da sexta-feira. Cruzamos a linha de chegada realizados, ressignificados, encantados com tudo que fizemos nesses 5 dias de aventura. Foram 5 dias de imersão na natureza, de imersão nessa cachaça que é a Corrida de Aventura. Pensei que ia chorar na chegada mas não caiu um pingo de lágrima. Era felicidade sem choro! Depois da fotinha da chegada, sentamos no chão pra nos recompor e quem tava conseguindo andar, que não vou dizer quem é, foi comprar cerveja pra gente fazer um brinde. Todo mundo sabe que não bebo e que três goles me derrubam mas eu resisti bravamente! Arnaldinho se juntou a nós pra comemorar e tiramos o lacre do meu celular pra mandar notícias pra galera do grupo e ligar pra família. Ficamos ali, embriagados de satisfação por alguns minutos, até perceber que estava na hora de dormir.
Eita! Ainda tínhamos que ir pegar umas roupas na casa dos primeiros dias... e tínhamos que achar a casa nova, tínhamos que levar as caixas pra outra casa... Alguém ainda com juízo sugeriu que pegássemos só as mochilas e no outro dia resolvêssemos o resto. E assim fizemos! Pessoal, chegou a hora de agradecer! 

 Agradeço ao meu pai e a minha mãe, por terem me feito assim: com uma pitada de loucura e uma pitada de aventura! A todos que torceram, sofreram, sentiram, se emocionaram. Nossos filhos, irmãos, pais, amigos, meus vizinhos das casas 14 e 29, nossos conhecidos, agregados... a todos, muito obrigada! 

 Aos organizadores da Malacara, Benito e Leo, que fizeram todo o sofrimento fazer vale a pena com o show de gentileza e hospitalidade que ofereceram aos atletas! 

 À nossa treinadora maravilhosa, Fernanda Piedade, que sabe exatamente o que pode tirar de cada um de nós, como e quando. Capacitada, é ela! A gente te ama, Tia Fê!!! 

 A toda nossa equipe Aventureiros do Agreste, somos muitos e juntos somos sempre melhores! 

 E especialmente... a esses três rapazes que toparam seguirmos nessa empreitada. Sempre digo que nos escolhemos, que não foi uma seleção de atletas, e sim, que nos selecionamos.

    Tudo aconteceu como deveria acontecer e parecia que tínhamos corrido muitas outras provas antes dessa. Entrosamento, maturidade, capacidade de enfrentamento nível 10 das galáxias. Essa aventura não poderia ser com outras pessoas. 

 Vítor foi um excelente navegador, todo compenetrado e preciso. Confesso que tive medo de voltar pedindo divórcio mas voltei com a certeza de que esse mundo precisa da gente junthienho. Ali a gente mostra quem é de verdade e eu sigo gostando do que vejo.
 Jhonnie, meu filho, tu bota pra lenhar, pula com os dois pés! Tu joga duro demais! Tem uma cabeça boa retada! Ali a gente ia nos mil quilômetros com pé podre e joelho bichado, mas ia.

 Maurício é o cão de camisolão chupando manga no pé da goiabeira. Chegou pronto pra cruzar a linha de chegada e dar a volta ao contrário. 

 Que equipe massa que nós formamos! 

 Parafraseando João, que soltou as melhores pérolas da prova: “Que galera é essa!!!???” 

 Um beijo pra todo mundo e até a próxima aventura!

Comentários

Deia Verô disse…
1 hora de leitura e valeu a pena 🪶 a espera.
Delicia reconhecer, saber o que significa “o povo parecia que ia ali”. (Soteropaulistanos entenderão)
Gargalhei com as história do Maurício caindo no casal.
Fiquei solidária ao Aquariano sofrendo com a decisão…. Ao invés de dizer: Viu, eu tinha razão. eu avisei 😉 (te entendo Vitu)
E enxerguei o sangue nu zoio na passagem: “nem um ciclone extratropical nos impediria de chegar até fim ..”
entre tantas outras linhas
Enfim ….. Agradeço!
Que galera é essa!!!???
danielmontenero disse…
Esses relatos pós prova são incríveis, não perco um kkkkkkkkk

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