Esporte de luta não é a minha praia. Já fiz capoeira e amava! Os outros me parecem violentos, provavelmente por ter quase nenhum conhecimento. Me dá aflição quando vejo o pessoal se pegando.
Então vem a sofrida experiência de mãe...
Tiago ficou animado em participar da competição de Judô! Vale ressaltar que a animação de dele se resume em "-Mãe, acho que vou competir no Judô. Você me dá R$30,00?" Sem exclamações por favor! Aí sou eu quem tem que procurar saber quando, como e onde. Senão o assunto morre ali mesmo! De morte súbita.
A competição era no sábado. Na sexta, nada estava definido. O professor não foi na quarta, não confirmou a inscrição. Mas, no fim das contas, quem teve problemas no sábado fui eu! Meu carro quebrou e nem poderia levá-lo se não tivesse uma vizinha e amiga que me empresta o carro todas as vezes que preciso.
Pessoal! Tenho que confessar uma coisa. Morrrro!!! de aflição!!!! em assitir campeonatos de luta!!! Fico com dó de quem tá perdendo. Tenho vontade de ir lá separar o pessoal e mandar parar tudo! Começo a me espremer na cadeira! Agora imaginem a luta do meu filho?! Queria que ele vencesse, é claro! Mas, queria que ninguém saísse muito machucado.
E lá estava eu, sentada na primeira fila, quando Tiago se posicionou diante de um menino do tamanho dele com uma faixa acima da dele. Fiquei ali pensando que era melhor se ele não se impressionasse com a cor da faixa do adversário como me impressionei. Se eu fosse lutar, fingiria que não tinha visto. Mas, era meu filho! Tive medo da reação dele, embora conheça muito bem aquele garoto que saiu da minha barriga.
Tiago esteve bem tranquilo durante todas as lutas até chegar a sua hora. Ficou ali, conversando com os amigos, comentando alguma coisa, atento a alguns detalhes. Mas, na dele. Na sua hora, levantou, ficou em frente ao adversário, cumprimentou-o e partiu para a luta de forma muito tranquila. Parecia que tinha planejado tudo! E eu ali, sofrendo, sem entender nada. Sequer sabia quem estava ganhando! Nunca vi nenhum treino. Os treinos da escola são fechados e fazem parte da aula de esporte. Aflita, perguntei para a minha vizinha como se ganhava a luta. Então não pode tocar as costas no chão!? E torci pra Tico não tocar as costas no chão, mesmo sabendo que tem outras regrinhas.
Vi outras lutas! Vi crianças saindo chorando do tatame! Fiquei aflita com tudo o que via! Nem parecia a mulher retada que adora uma aventura. Quando se trata de filho, o negócio é bem diferente.
Tico ganhou as duas lutas, vencendo sua categoria! Fiquei toda orgulhosa! Tirei um monte de fotos e dei uma de mãe coruja naquele dia. Se contar que, toda festinha que tem, esqueço de levar a câmera, vocês acreditam? Pois é! Esqueço! Mas, agora, com meu celular que manda fax, email, faz cafezinho, me pergunta como estou me sentindo e ainda tira fotos... cada golpe é um flash!
Mas, aqui pra nós, esse negócio de ser mãe é mais sofrido do que fazer Corrida de Aventura! O coração fica apertado!
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