Nada como correr 19km para espairecer! A cabeça fica ótima!
Que Ipod que nada! O negócio é refletir. Começo fazendo uma oração, depois vou pensando nas coisas que fiz durante o dia. Nas minhas decisões, nos impasses, nas observações sobre as coisas da vida. Nada muito ordenado! Os pensamentos vem embaralhados mesmo. Basta um carro passar em minha frente pra virar o disco, mudar o rumo da conversa interna.
Acabei pensando muito num diálogo que tive que ouvir dentro de uma livraria da cidade. Fui com as crianças comprar mais um livro para a minha pequena leitora compulsiva. Enquanto olhávamos as novidades, pai e filho se aproximaram. O menino, de aproximadamente 9 anos, queria um livro com umas 160 páginas. Daqueles que tem letras um pouco maiores e bastante gravuras, bem parecidos com os que minha filha aprecia, atualmente.
Bom! O pai falava bem alto que o garoto não conseguiria ler aquilo em uma semana. Que ele não ganharia mais nada até o Natal por querer fazer uma coisa que ele não tinha condições de fazer.
O garoto insistiu, bateu pé firme que queria comprar e ler o livro. O pai então finalizou a conversa, dando de costas para a criança, com a seguinte frase:
"-Você é um mané!"
Sinceramente, tive vontade de intervir educadamente. Mas, diante da grosseria do indivíduo, preferi calar. Possivelmente, ele não seria educado comigo e eu, sinceramente, sou muito sensível. Pensaria muito mais no episódio do que estou pensando agora. A situação ficaria em minha cabeça por mais de um mês. 'Podem me chamar de idiota mesmo! RS!'
Queria dizer que o livro era semelhante ao que minha filha comprou, só que para meninos. O detalhe é que ela lê o diacho do livro em 2 dias. Fico danada da vida! Peço pra ela maneirar porque tenho que ter uma árvore de dinheiro pra comprar tanto livro. Sem dúvida, o filho dele tinha condições de ler em uma semana.
Não há melhor maneira de desestimular uma criança em relação à leitura. E espero que o garoto perceba em tempo que "mané" é o pai dele. Que tudo isso faça com que ele ganhe força para mostrar que pode e consegue. Assim como foi com o livro, ele será desencorajado em outros desafios.
Acabei o treino aqui, no computador, escrevendo minha reflexão de 'Penélope Mãe'. Que, com certeza, está longe de ser perfeita mas, sabe que essa é uma estratégia arriscada para lidar com uma criança.
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