By Lucy do Agreste
Running D’Aventura - Viva a sua essência. Não poderia haver slogan melhor. O que eu mais gosto nos esportes de aventura é o poder de ser eu mesma. No mato, descabelada, suja de lama, xingando, gritando, rindo e cantando. Ali estou em casa!
Foi assim nessa corrida, como em todas as outras. Só que esta foi melhor! Corri de Penélope pela primeira vez! E não é só isso, corri com uma Penélope Ecomotion!! Inoxidável e Internacional!!! Toda hora alguém passava e cumprimentava. Oi Lu! E aí Lu? Boa sorte Lu!!! E haja fotos. Demos até entrevista!!! Correr com celebridade dá nisso!
Lulu Freitas do Agreste e eu... Lulu do Agreste também! Somos quase homônimas. Sendo que eu tenho metade do nome dela e ela tem metade do meu tamanho e... o dobro da minha capacidade de falar! Que figura. Teve uma hora que me chateei... Pôxa, Lu... Deixa eu falar também... Só um pouquinho...Mas não adianta não, gente. Ela fala mesmo pelos cotovelos. Pelos dois, e ao mesmo tempo!
Running D’Aventura - Viva a sua essência. Não poderia haver slogan melhor. O que eu mais gosto nos esportes de aventura é o poder de ser eu mesma. No mato, descabelada, suja de lama, xingando, gritando, rindo e cantando. Ali estou em casa!
Foi assim nessa corrida, como em todas as outras. Só que esta foi melhor! Corri de Penélope pela primeira vez! E não é só isso, corri com uma Penélope Ecomotion!! Inoxidável e Internacional!!! Toda hora alguém passava e cumprimentava. Oi Lu! E aí Lu? Boa sorte Lu!!! E haja fotos. Demos até entrevista!!! Correr com celebridade dá nisso!
Lulu Freitas do Agreste e eu... Lulu do Agreste também! Somos quase homônimas. Sendo que eu tenho metade do nome dela e ela tem metade do meu tamanho e... o dobro da minha capacidade de falar! Que figura. Teve uma hora que me chateei... Pôxa, Lu... Deixa eu falar também... Só um pouquinho...Mas não adianta não, gente. Ela fala mesmo pelos cotovelos. Pelos dois, e ao mesmo tempo!
A prova, como sempre, linda. O local, maravilhoso. Castelo Garcia D’Ávila. Às vezes vou lá para fazer nada. Só para espiar a vista e tirar sempre a mesma foto. Aquela em que o mar fica emoldurado pela janela do castelo.
Mas aquele 29 de maio não era para contemplação. Era para ralação, emoção, suação... Quer dizer, deixe-me corrigir!! Penélopes não suam. Transpiram. Não pedem arrego, não perdem o rebolado e não desistem... NUNCA!! Também não jogam lixo no chão! O lixo das Penélopes vai para a sacola, não para a trilha. Acho que a organização das provas de aventura deveria considerar descontar pontos de equipes que sujam as trilhas. É uma vergonha ver a quantidade de resíduos que as pessoas largam pelo chão!
Penélopes são charmosas, bonitas, cheirosas... e sangue quente!!. Xingam, falam alto, gritam e quebram o maior pau se necessário! Mas tudo sempre com muito charme!
Agora deixemos de lero-lero e vamos para a corrida. Quando encontrei Lu ela já tinha tudo arrumado. Gosta de chegar cedo, para curtir mais a festa. Pelo seu gosto já estaríamos lá. Levamos nossa torcida organizada – Tiloca do agreste. Estava lá, emboladinha no banco de trás do carro, no maior soninho.
No caminho, logo antes do pedágio, um telefonema de última hora nos faz voltar. Como dizer não a um amigo? Impossível!! A consciência não permite!! Voltamos para emprestar uma bike a uma outra equipe. Sugeri a minha ex-magrela que estava lá em casa abandonada e morrendo de vontade de correr a Running também.
Finalmente, chegamos na Praia do Forte lá pelas 6:30. Acho que nunca havia visto tanta gente numa corrida de aventura antes. Um astral maravilhoso, um dia lindo. Abraços gostosos em pessoas que eu não via desde o ano passado. Já estava com saudades.
Largada. Por termos sido as primeiras a nos posicionar na largada, acabamos ficando para trás, ou seja, bem no fundo mesmo. A bíblia ali foi seguida ao pé da letra invertida: Os primeiros serão os últimos!! E a turma da corrida rústica atrás, na maior farra.
Passado o bololô da largada, foi comer trilha. Downhill, cascalho, areia. Em menos de 10 km já tinha gente quebrando. Corrente, freio, gancheira, pneu,... Lu na frente e eu felicíssima comendo as ladeiras com farinha e lembrando das aulas do mestre Xuxu do Agreste. Deu certo, professor!! Não caí nenhuma vez!!!
Na última ladeira antes da transição eu me empolguei e desci sem freio. Passei em cima de alguma coisa que não sei o que foi e senti que algo deu errado. Achei que algum pedaço de madeira estava preso na roda, mas continuei pedalando. Mais a frente, ia Lu falando como sempre. Eu já tinha desligado o receptor e não entendia mais nada que ela dizia. Ela falava qualquer coisa e eu só entendia ‘petetê petetê petetê petetê ....’ Limitava-me a concordar e acenar com a cabeça. Ao sentir o problema no pneu, resolvi pedir para ela verificar porque não queria parar de pedalar. – Lu, dá uma olhada no meu pn.... – (Lu falando sem parar) petetê petetê petetê petetê...
- Lu... olha o meu pneu!!! Luuuuuuuuuu!!!!!! Me escuta, criatura!!!.
- Hein! O quê? petetê petetê petetê petetê.
- Olha aí, tem alguma coisa errada com meu pneu...... Luuuuuuuu!!!!!! Ah, quer saber, deixa pra lá... E segui pedalando. Sentindo a roda presa e sem saber por quê.
Lá na frente, Já na transição, Lu finalmente tomou fôlego e olhou pra mim: Ih!!! Lucy!! Seu pneu está furado!!! ....
-Ah, então é isso! Desmontei e fiquei lá. Olhando pro pneu vazio e me perguntando.. Como não percebi isso antes?
Engraçado como não me dou conta dessas coisas. É a segunda vez que fico pedalando sem perceber que o pneu está vazio. Oh pessoa distraída!! Decidimos deixar pra trocar depois. Larguei a bike lá e fomos pro trekking. Nossa fiel escudeira nos esperava na transição, sempre muito orgulhosa da mãe e com um guaraná geladinho pra compartilhar com a gente! Valeu, Tiloca!
O trekking foi uma delícia. Encontramos Mauro e Gabi no caminho e rolou uma saudável competição aventureira. Mauro com aquele pernão de garça é difícil de acompanhar. Gabi, como boa Penélope, não deixava por menos. Mas a gente não fez feio não!! Lu brocou na navegação! Parecia um GPS ambulante... e falante...Eu costumo pensar para falar. Quanto a Lu, acho que ela fala para pensar! Achamos todos os prismas rapidinho, atravessamos o rio e pegamos nosso lindo caiaque Aventureiro!
Trecho de remo – 7 km rio acima com a maré enchendo. Achei que ia demorar horrores!! Esse momento foi muito interessante. Lu ficou quase 2 minutos quieta!! Muito estranho! Pensei que algo estava errado! Luquilda... Está tudo bem? Estava! Lu navegava e planejava a próxima estratégia. Logo, logo estava falante de novo. Conversamos, cantamos, gritamos - ou melhor - eu gritei - É uma forma de expelir a dor que dá no ombro quando a pessoa está há um mês sem remar e se mete numa corrida de aventura! Lucy – assim você espanta os peixes! – Avisou Luciana, preocupada com o almoço dos pescadores.
Quando pensei que não... Tínhamos chegado. Fizemos o trecho em menos de uma hora. Nova transição. Mais abraços em Tiloca! Mais guaraná geladinho! Aí, lembramos do pneu. Vamos ter que trocar esse pneu AGORA!! - disse Lu, que não conhecia minha bike e não sabia se aquela troca ia dar certo. Zé e Luiza (nossos respectivos anjos da guarda) trabalharam juntos e Lulu trocou o pneu muito rápido!! Fiquei impressionada. Minha contribuição foi só dar as três últimas bombadas para garantir que o pneu estava cheio.
Daí foi mais um pedalzinho rápido...na areia.... fofa e seca.... Sempre difícil. Sempre me lembra que preciso treinar mais. Deixamos as bikes e nos jogamos no rio. O segundo trecho de remo foi um tapa!! Nem deu pra cansar. Era até divertido ver o pessoal ainda subindo o rio, na primeira perna de remo! E a gente lá.. quase chegando no final. Até esqueci que o ombro estava doendo.
O trekking carregando os remos foi cruel. Só ali é que o cansaço bateu. Lu ia pilhada na frente. Parecia que a prova tinha acabado de começar, e eu me acabando de correr. A neura era ninguém mais passar a gente. Conseguimos. Pelo menos ali, não perdemos nenhuma posição.
Chegamos em 15º. Pela falta de outras duplas femininas, acabamos competindo com homens. Eram 32 duplas masculinas e dois pontinhos cor-de-rosa atrevidos e falantes metidos no meio. Passamos um monte de marmanjos. Outros tantos conseguiram nos passar. Mas nos aguardem! A brincadeira está apenas começando.
Concluimos mais uma prova. Completamos muito bem, considerando as circunstâncias. Como todas as outras, essa prova não começou na largada. Começou muito antes. Com tudo o que nós temos que fazer. É carro que quebra, pais que pedem ajuda, filhos que precisam de atenção, namorado que fica de olho comprido perguntando por que vai ser abandonado em pleno domingo. Quem vai cuidar do cachorro? Que horas vou fazer as unhas? Xii! Esqueci de pagar aquela conta. E se alguém ligar do trabalho?
Nosso cotidiano é bem intenso. Nossa vida não é fácil. Mas, por isso mesmo, é maravilhosa. Ser mulher, ser mãe, ser profissional, ser atleta de aventura. Ser Penélope! Ser do Agreste! É tudo isso que somos e é só o que queremos ser!
Parabéns a galera Daventura! Vocês se superaram! Dá gosto correr com suas provas. Virei fã de carteirinha!
Tiloca – Obrigada pela torcida. E pelo guaraná também!
Mauro e Gabi – vai ter revanche! Vocês não perdem por esperar!
Lu – não mude nunca. É assim que todos nós te adoramos. Falante, vibrante, valente e corajosa!!! Você é a alma das Penélopes.
Até a próxima, pessoal!
Mas aquele 29 de maio não era para contemplação. Era para ralação, emoção, suação... Quer dizer, deixe-me corrigir!! Penélopes não suam. Transpiram. Não pedem arrego, não perdem o rebolado e não desistem... NUNCA!! Também não jogam lixo no chão! O lixo das Penélopes vai para a sacola, não para a trilha. Acho que a organização das provas de aventura deveria considerar descontar pontos de equipes que sujam as trilhas. É uma vergonha ver a quantidade de resíduos que as pessoas largam pelo chão!
Penélopes são charmosas, bonitas, cheirosas... e sangue quente!!. Xingam, falam alto, gritam e quebram o maior pau se necessário! Mas tudo sempre com muito charme!
Agora deixemos de lero-lero e vamos para a corrida. Quando encontrei Lu ela já tinha tudo arrumado. Gosta de chegar cedo, para curtir mais a festa. Pelo seu gosto já estaríamos lá. Levamos nossa torcida organizada – Tiloca do agreste. Estava lá, emboladinha no banco de trás do carro, no maior soninho.
No caminho, logo antes do pedágio, um telefonema de última hora nos faz voltar. Como dizer não a um amigo? Impossível!! A consciência não permite!! Voltamos para emprestar uma bike a uma outra equipe. Sugeri a minha ex-magrela que estava lá em casa abandonada e morrendo de vontade de correr a Running também.
Finalmente, chegamos na Praia do Forte lá pelas 6:30. Acho que nunca havia visto tanta gente numa corrida de aventura antes. Um astral maravilhoso, um dia lindo. Abraços gostosos em pessoas que eu não via desde o ano passado. Já estava com saudades.
Largada. Por termos sido as primeiras a nos posicionar na largada, acabamos ficando para trás, ou seja, bem no fundo mesmo. A bíblia ali foi seguida ao pé da letra invertida: Os primeiros serão os últimos!! E a turma da corrida rústica atrás, na maior farra.
Passado o bololô da largada, foi comer trilha. Downhill, cascalho, areia. Em menos de 10 km já tinha gente quebrando. Corrente, freio, gancheira, pneu,... Lu na frente e eu felicíssima comendo as ladeiras com farinha e lembrando das aulas do mestre Xuxu do Agreste. Deu certo, professor!! Não caí nenhuma vez!!!
Na última ladeira antes da transição eu me empolguei e desci sem freio. Passei em cima de alguma coisa que não sei o que foi e senti que algo deu errado. Achei que algum pedaço de madeira estava preso na roda, mas continuei pedalando. Mais a frente, ia Lu falando como sempre. Eu já tinha desligado o receptor e não entendia mais nada que ela dizia. Ela falava qualquer coisa e eu só entendia ‘petetê petetê petetê petetê ....’ Limitava-me a concordar e acenar com a cabeça. Ao sentir o problema no pneu, resolvi pedir para ela verificar porque não queria parar de pedalar. – Lu, dá uma olhada no meu pn.... – (Lu falando sem parar) petetê petetê petetê petetê...
- Lu... olha o meu pneu!!! Luuuuuuuuuu!!!!!! Me escuta, criatura!!!.
- Hein! O quê? petetê petetê petetê petetê.
- Olha aí, tem alguma coisa errada com meu pneu...... Luuuuuuuu!!!!!! Ah, quer saber, deixa pra lá... E segui pedalando. Sentindo a roda presa e sem saber por quê.
Lá na frente, Já na transição, Lu finalmente tomou fôlego e olhou pra mim: Ih!!! Lucy!! Seu pneu está furado!!! ....
-Ah, então é isso! Desmontei e fiquei lá. Olhando pro pneu vazio e me perguntando.. Como não percebi isso antes?
Engraçado como não me dou conta dessas coisas. É a segunda vez que fico pedalando sem perceber que o pneu está vazio. Oh pessoa distraída!! Decidimos deixar pra trocar depois. Larguei a bike lá e fomos pro trekking. Nossa fiel escudeira nos esperava na transição, sempre muito orgulhosa da mãe e com um guaraná geladinho pra compartilhar com a gente! Valeu, Tiloca!
O trekking foi uma delícia. Encontramos Mauro e Gabi no caminho e rolou uma saudável competição aventureira. Mauro com aquele pernão de garça é difícil de acompanhar. Gabi, como boa Penélope, não deixava por menos. Mas a gente não fez feio não!! Lu brocou na navegação! Parecia um GPS ambulante... e falante...Eu costumo pensar para falar. Quanto a Lu, acho que ela fala para pensar! Achamos todos os prismas rapidinho, atravessamos o rio e pegamos nosso lindo caiaque Aventureiro!
Trecho de remo – 7 km rio acima com a maré enchendo. Achei que ia demorar horrores!! Esse momento foi muito interessante. Lu ficou quase 2 minutos quieta!! Muito estranho! Pensei que algo estava errado! Luquilda... Está tudo bem? Estava! Lu navegava e planejava a próxima estratégia. Logo, logo estava falante de novo. Conversamos, cantamos, gritamos - ou melhor - eu gritei - É uma forma de expelir a dor que dá no ombro quando a pessoa está há um mês sem remar e se mete numa corrida de aventura! Lucy – assim você espanta os peixes! – Avisou Luciana, preocupada com o almoço dos pescadores.
Quando pensei que não... Tínhamos chegado. Fizemos o trecho em menos de uma hora. Nova transição. Mais abraços em Tiloca! Mais guaraná geladinho! Aí, lembramos do pneu. Vamos ter que trocar esse pneu AGORA!! - disse Lu, que não conhecia minha bike e não sabia se aquela troca ia dar certo. Zé e Luiza (nossos respectivos anjos da guarda) trabalharam juntos e Lulu trocou o pneu muito rápido!! Fiquei impressionada. Minha contribuição foi só dar as três últimas bombadas para garantir que o pneu estava cheio.
Daí foi mais um pedalzinho rápido...na areia.... fofa e seca.... Sempre difícil. Sempre me lembra que preciso treinar mais. Deixamos as bikes e nos jogamos no rio. O segundo trecho de remo foi um tapa!! Nem deu pra cansar. Era até divertido ver o pessoal ainda subindo o rio, na primeira perna de remo! E a gente lá.. quase chegando no final. Até esqueci que o ombro estava doendo.
O trekking carregando os remos foi cruel. Só ali é que o cansaço bateu. Lu ia pilhada na frente. Parecia que a prova tinha acabado de começar, e eu me acabando de correr. A neura era ninguém mais passar a gente. Conseguimos. Pelo menos ali, não perdemos nenhuma posição.
Chegamos em 15º. Pela falta de outras duplas femininas, acabamos competindo com homens. Eram 32 duplas masculinas e dois pontinhos cor-de-rosa atrevidos e falantes metidos no meio. Passamos um monte de marmanjos. Outros tantos conseguiram nos passar. Mas nos aguardem! A brincadeira está apenas começando.
Concluimos mais uma prova. Completamos muito bem, considerando as circunstâncias. Como todas as outras, essa prova não começou na largada. Começou muito antes. Com tudo o que nós temos que fazer. É carro que quebra, pais que pedem ajuda, filhos que precisam de atenção, namorado que fica de olho comprido perguntando por que vai ser abandonado em pleno domingo. Quem vai cuidar do cachorro? Que horas vou fazer as unhas? Xii! Esqueci de pagar aquela conta. E se alguém ligar do trabalho?
Nosso cotidiano é bem intenso. Nossa vida não é fácil. Mas, por isso mesmo, é maravilhosa. Ser mulher, ser mãe, ser profissional, ser atleta de aventura. Ser Penélope! Ser do Agreste! É tudo isso que somos e é só o que queremos ser!
Parabéns a galera Daventura! Vocês se superaram! Dá gosto correr com suas provas. Virei fã de carteirinha!
Tiloca – Obrigada pela torcida. E pelo guaraná também!
Mauro e Gabi – vai ter revanche! Vocês não perdem por esperar!
Lu – não mude nunca. É assim que todos nós te adoramos. Falante, vibrante, valente e corajosa!!! Você é a alma das Penélopes.
Até a próxima, pessoal!
Comentários
Ô Luzinha! Fiquei emocionada com o seu release! Ri e chorei também! Parabéns!