Pular para o conteúdo principal

Que treino, viu?!!!

Parecia que a gente tava de "mau olhado". Sabia que a minha suspensão dianteira não tava lá essas coisas todas, até sonhei que não deveria treinar com a bike assim. Acho que já era Zé, o meu anjo da guarda, tentando me avisar. De manhã, nem queria sair da cama. Nunca tenho vontade mesmo! Os meninos chegaram e saímos da minha casa para a trilha.

Eu, Mauro, Fred e Scavuzzi fomos para a trilha de Abrantes com o objetivo de deixar a bicicleta numa casa conhecida no caminho para fazer o trekking/corrida pelo barro também. Queríamos sair do asfalto de qualquer jeito!

Mauro e Fred estão se acostumando com sapatilhas e pedal clip. Caem por nada. Param e esquecem de destravar a sapatilha do pedal. Mauro já começou caindo na portaria do meu condomínio. O porteiro não entendeu nada! A gente se pipocou de rir! Dessa e de outras tantas quedas deles dois.

Meu Deus! Não sabia que uma suspensão em bom estado fazia tanta diferença. Pelo asfalto, o negócio foi beleza. Do estradão de barro em diante, a coisa começou a ficar preta! Primeiro a suspensão travou no ponto mais baixo. Parei para destravar e tudo voltou ao normal. Aliás, mais ou menos. Não tão boa não. No meio da trilha já estava com o corpo todo dolorido! A coluna não prestava mais pra nada! Pensei que era falta de condicionamento e comecei a ficar deprê. Não só a coluna, como os braços, o tórax, o quadril. Nossa! Fiquei arrasada! Nunca pensei que fosse ficar tão dolorida numa trilhinha tão básica! Ficava pensando que, se estava sentindo tanto ali, imagine no Ecomotion. E a cabeça também começou a doer! Fiquei desesperada! Parei várias vezes pra ver se me sentia melhor.

Dos meninos, Mauro estava melhor! E Fred, não sei o que deu nele, tava todo acabado! Sentindo bastante! Nem acreditei quando subiu a ladeira empurrando a bike. Mas todo mundo tem dia ruim de treino. Nesse caso, fomos todos empurrando mesmo!

Continuando... Chegou um momento em que as minhas costas doíam tanto que comecei a respirar com dificuldade. As lágrimas começaram a descer. E olhe que não sou nem um pouco fresca! Tava quase no fim da trilha, faltando dois quilômetros mas, não conseguia pedalar nem mais um metro. Saí da bicicleta quando a falta de ar ficou insuportável. Deitei no chão, Scavuzzi levantou minhas pernas e tentou me acalmar. Foi quando fui melhorando e saí pedalando devagar até o Sítio onde deixaríamos as bicicletas. Pensei em desistir daquele treino várias vezes! Mas, sou bem teimosa, embora acreditasse que meu problema era por falta de condicionamento.

Ao contrário do que pensei, o trekking foi super tranquilo! Só precisava mesmo me livrar da bicicleta com suspensão problemática para esquecer completamente todas as dores! E para perceber que realmente, a suspensão não servia mais. Acreditem! Tive poucas caruaras em treinos. E esse não merecia todo o drama pelo qual passei.

Resultado! Acabou todo mundo sequelado mesmo! Tinha que arrumar umas coisas da corrida mas, só consegui fazer tudo depois de comer e descansar um pouco. Tava "Mortinha da Silva". Para completar, vou ter que comprar uma suspensão nova para Judite, a minha bicicleta. Todavia, pior seria se descobrisse isso no meio da prova. Imaginem!? Tive sorte então!

Comentários

Lucy disse…
Da próxima vez, ouça o Zé!!!

Postagens mais visitadas deste blog

Desafio dos Sertões 2023- 140km

  Que o Sertão é um dos lugares mais inóspitos à sobrevivência humana, a gente já sabe! Que você precisa ser forte pra enfrentar a caatinga, ter resiliência, coragem, foco, determinação, também. Que o Rio São Francisco é um gigante que impõe, acima de tudo, reverência, sabemos. Querer ir lá pra experimentar tudo isso e ainda gostar, é outra história! E lá estávamos nós, no Desafio dos Sertões, nos 140km de aventura, entre mountain bike, trekking, natação, canoagem, tudo com navegação com mapa e bússola.  Nos últimos tempos, temos alternado bastante os atletas da equipe, menos eu e Mamau, que somos fominhas de prova. Mas, brincadeiras à parte, Vitor e João estão afastados por questões pessoais. Então, Lucas, nosso novinho da Turma 12 da Escola de Aventura, continuou com a gente, depois da Carrasco. Além disso, Arnaldo, da Olhando Aventura, veio fechar o quarteto, reforçando nosso time com sua experiência. Reunimos, alinhamos objetivos, organizamos a tralhas e partimos pra Juazeiro

UTCD 2023- 80km

   Não tenho um pingo de vergonha na cara. Da última vez que fiz a Ultra Trail Chapada Diamantina (UTCD), disse que machucava muito os pés e que preferia fazer Corrida de Aventura… Como se Corrida de Aventura machucasse menos. 😂    Esse ano, eu corri todas as provas do Campeonato Baiano de Corrida de Aventura, menos a Expedição Mandacaru, porque estou envolvida na organização. Então, pra fechar com chave de ouro o meu ano esportivo e comemorar meus 52 anos, decidi correr a UTCD.     Tudo bem! Eu amo correr, mas precisava ser 80km? Aí é que vou contar pra vocês…    Já que eu estava indo e já tinha feito 50km, decidi me desafiar nos 80. Fiz minha inscrição e ainda joguei minha filha no bolo, nos 35km, que depois ela mudou pra 14, por que não estava com tempo pra treinar o suficiente. Eu queria brincar o brinquedo todo!    Depois de um fim de semana de muito movimento na Expedição Mandacaru, lá estávamos nós, na semana seguinte, acampados em Mucugê, de mala e cuia, com boa parte da famíl

Carrasco Histórias- 150km

  Formamos o quarteto com Lucas e Elvis, ex-alunos da Turma 12 da Escola de Aventura do Agreste, pra correr a Carrasco, porque Vitor e João não puderam ir conosco. Eles aceitaram de cara, mas não lembro se, de cara, contei que seria sofrido. Acho que sim! Devo ter contado. 😇 QUARTETO Luciana, Maurício, Elvis e Lucas Fizemos reunião de alinhamento, treinamos as principais modalidades. O treino de canoa caiçara em Ilha de Maré foi uma aventura à parte, nos divertimos horrores, tomamos vários caldos, a canoa encheu de água, foi um fuzuê! Sem contar que dar a volta na Ilha inteira, correndo, foi muito massa! Também fomos pra Itacimirim remar de canoa havaiana com nosso amigo Paulo da @whanaucanoeclub, que deu váaarias dicas valiosésimas pra gente se entender na remada em quarteto. Cachoeira é pertinho de Salvador. A cidade está muito lindinha, bem cuidada, charmosa, valorizada. Teve até tour com os atletas até chegar ao mapa. A prova poderia ser com apoio ou poderíamos deixar os sac