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Cuidado! Muito cuidado! Penélopes surfando!


   Na verdade não foi bem surfaaaarrrr!
   Saroca, Manu e Ítalo foram surfar hoje. Fiquei toda animada! Peguei a prancha e uma camisa de surfista de Tiago, meu filho de 12 anos, e fui à praia de Piatã encontrar com eles.
   Por ter assistido a umas aulas do meu filhote, achei que a coisa pudesse ser um pouquinho menos difícil. Ítalo e Saroca já surfam. Manu estava entrando na água pela segunda vez, mas parecia bem familiarizado. Ítalo me deu uma aula teórica rápida. Simulei levantar da prancha duas vezes e entrei no mar no melhor estilo “heroína das águas”.
   Tomei o primeiro caldo logo na beira. Já machuquei os joelhos! Muito engraçadinho! Não conseguia sequer ficar em cima da prancha, muito menos parar de rir. Um, dois, três... vinte e oito caldos. Remando pro fundo, o banho de mar já valia por tudo! As pernas não ficavam paradas e todo o esforço resultava em mais um caldo.
   Ufa! Conseguimos chegar até o local combinado. Então veio a hora de tentar ficar sentada na prancha pra esperar a melhor onda! Mais 57 caldos. Eu me embolava com a prancha parecendo brincadeira de criança. Caía pelo lado, por trás, de todo jeito. Ela fugia de mim!
   Quando perguntei a Saroca qual era mesmo a melhor onda, ela me respondeu que a pessoa sentia na hora. "Hummm! Sei! Parece viagem de surfista."
   Enquanto isso, os três pegavam umas ondas de vez em quando. Manu quaaaase ficou em pé! E eu tentando pegar um jacarezinho, pelo menos. Foi então, depois de 324 caldos, que consegui acompanhar a onda remando. Uhuuuu! Tô conseguindo... ops! Tomei uma surra da prancha! Só não sabia que Saroca tinha pegado a mesma onda que eu, tadinha! Acabou sobrando pra ela bem na cabeça!
   Quando consegui me recompor e resgatar a prancha, Ítalo estava me chamando de doida. Disse que eu tinha dropado a onda e só me lenhei no final, quando o bico da prancha foi pra baixo. Viu tudinho. 
   RS! Na verdade, verdade, verdade mesmo, eu nem sabia o que tinha acontecido. O negócio foi tão rápido quanto um acidente de carro. A pessoa perde a memória na hora em que acontece. Pensei em perguntar se alguém tinha anotado a placa do caminhão que me atropelou. Lembro-me que tava remando e pegando jacaré... a onda veio e tchibum! Me estaboquei toda! Bati a cabeça, as pernas, engoli uns cinco litros de água e ainda machuquei Sarcoca. Mas a sensação foi boa! De água lavando a pessoa por dentro, sabe?.
   Depois dessa, preferi sair da água para evitar mais acidentes. Mas ainda saí tirando onda, segurando a prancha com jeito de quem sabe surfar e faz tudo conforme planejado. Rs!
   Uma cicatriz quer dizer “eu sobrevivi”. Vou tentar mais vezes e vou sobreviver!

Comentários

Marcio Neri disse…
Muito massa! Seu filhote tá no maior orgulho da mamãe doida... Rsrs! Fiquei imaginando vc se rindo depois dos caldos!!! Figura única! Não deixe nunca de postar suas aventuras, vc consegue passar sua emoção em cada post, muito bom! Bjs, Xuxu.
Lucy disse…
Essa Luciana!! É doida mesmo!!
Anônimo disse…
De perto ninguém é normal mesmo... então eu tô no lucro! Beijos!

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