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Vida de Penélope (Capítulo final)



Diante do aperto doméstico das semanas anteriores, pausa para descanso. Crianças para a casa da vovó, cachorro para o hotel, por favor! O trabalho durante a semana ficou mais "light", sem a preocupação em voltar correndo pra casa. E visitei os respectivos seres algumas vezes. Também aproveitei a minha solidão aliviada. Descansei, fui ao cinema, comi sushi.

Deu até pra programar o fim de semana com um bom passeio. Tipo: "Só nós três!"

Imbassaí é um lugar que, aqui pra nós, conheço profundamente. Os lugares mais inóspitos que alguém puder imaginar, estive por lá. O mato mesmo. Noite, dia, sei lá! Foram várias corridas por aquelas bandas mas, lembro que entrei na Vila uma única vez. Naquela pracinha perto da ponte.

Acho que decidi ir pra lá por causa do nome da Pousada: Bichelenga. RS! É a minha cara! Bichelenga. Parece o "palavriado" de algum parente meu. E tem coisa melhor do que ficar hospedado numa pousadinha básica, com um café da manhã bem gostoso, uma piscininha pras crianças se divertirem depois da praia. Melhor ainda é deixar o carro parado e ir à praia de bicicleta, tomar um sorvete no fim da tarde de bicicleta, ir a todos os lugares de bicicleta. Deu até pra fazer o meu treino do fim de semana. A Vila está uma gracinha! Super bem cuidada! Foi um belo passeio!

Ainda venci o desafio! Consegui ficar um mês em casa sem uma substituta para as férias da minha fucionária. Minha fiel escudeira voltou! E ninguém tem noção do quanto estou feliz! Tava exausta! Não aguentava mais esse tranco. Nunca mais eu faço uma "pataquada" dessas!

Definitivamente, não dá pra fazer tanta coisa ao mesmo tempo. A gente tem limitações de quantidade e qualidade em nossas atividades. Não dá pra abraçar o mundo. Nããão, por favor! Como eu pude achar que conseguiria?! Chega uma hora em que nada sai bem feito, tudo fica esculhambado. E digo mais: Esse é o limite de um ataque de stress. Mas, o primeiro passo é perceber essa limitação, administrar o que consegue e deixar rolar o que não dá pra resolver.

Quando Neusinha volta de férias é sempre uma festa! Chegamos cheios de bagagem na segunda-feira e ela estava esperando na porta, toda solícita, ajudando a carregar a bagagem. Que coisa boa! A vida sempre me presenteia com encontros felizes! E eu acredito nisso! Sempre tenho pessoas importantes por perto durante a minha caminhada. Pessoas com as quais posso contar. E Neusinha é uma dessas pessoas.

A felicidade está nas coisas mais simples da vida. Que custam muito menos do que a gente pode imaginar. A felicidade nem tem preço. Vamos aproveitar os nossos encontros felizes e esquecer os desencontros (Cá pra nós, suspeito que os desencontros façam parte da Providencia Divina). Podem rir! Sou romântica mesmo! Sempre acho que tudo vai ficar bem, mesmo que pareça horrível. Hoje mesmo fui fazer meu treino pela manhã e aproveitei para contemplar o mar. Que vida boa! O trabalho fluiu muito melhor! E nem precisei fazer o almoço.. rs! Neusinha estava lá!

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